quarta-feira, 14 de abril de 2010

aDeus

Negro.. Escuro.. Breu
Só a sombra me compreende..
Só a vela queimada me dá tréguas
Nuvem d’agua, forte, atroz
Tempestade solta, caos na Terra.....

Negro, como um fechar de olhos,
Prolongado e constante
Arpão-dor nos misticetos
Rasto vermelho, azul salgado..

Ó escuro.. faz-me nevoeiro,
Esbate a forma, a silhueta
Serei discípulo no Reino dos Mares
Serei peão, carne escrava.... canhão!

Ó luto tão mal-amado
Traz o sabre libertador..
Confunde a mente.. torna-a estéril
Mostra-me a paz.. ofereço a dor.

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