terça-feira, 25 de outubro de 2011

O poema

Um poema como um gole dágua bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de beleza mortal.

Mário Quintana
(1906-1994)

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo este poema de Mário Quintana. Não conhecia....
Ainda dele......

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!