Cientistas ingleses descobriram que as fêmeas de cuco retêm o ovo no seu interior durante 24h adicionais o que funciona como “incubação interna” de tal modo que eclodirá antes dos ovos do casal alheio em cujo ninho é depositado e a sua cria monopolizará a atenção desses progenitores.
O parasitismo do cuco, que deposita os seus ovos em ninhos alheios, com as suas crias a serem criadas por casais de outra espécie sempre fascinou os investigadores.
Uma vez que se descobriu que os embriões de cuco, quando depositados no ninho, estão num estado de desenvolvimento mais avançado que o de embriões nos ovos de outras aves, foi sugerido pela primeira vez em 1802 que o cuco apresentaria um tipo de “incubação interna”, hipótese que, no entanto, foi colocada de lado por parecer improvável.
Agora cientistas ingleses da Universidade de Sheffield apresentam os resultados de um estudo que concluiu que realmente a “incubação interna” é uma realidade e que confere uma vantagem às crias de cuco.
Os cientistas fizeram uma experiência que em incubaram durante 24 horas um ovo de cuco recém-posto a 40ºC simulando o interior do corpo da progenitora, após o que observaram o embrião com recurso a um microscópio, detectando o seu avançado estado de desenvolvimento.
A título comparativo os investigadores repetiram a experiência agora com uma outra espécie de ave, tendo obtido resultados semelhantes.
Os investigadores explicam que ao estar mais adiantada no desenvolvimento a cria de cuco nascerá primeiro que as crias dos ovos do casal de outra espécie em cujo ninho o ovo é depositado. Isto é essencial para que consiga expulsar as crias da outra espécie do ninho monopolizando os cuidados parentais prestados pelo casal que fez o ninho.
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Créditos: Sapo Naturlink
Fonte: www.news.bbc.co.uk
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