Haiti
CBS revela imagens do momento do sismo
A CBS News conseguiu obter um impressionante vídeo que mostra o momento do terramoto em Port-au-Prince. Nas imagens, que estão no YouTube, vêem-se claramente os edifícios a ruir (veja aqui o vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=GXHopCrs46U&feature=player_embedded
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Na primeira pessoa, o horror durante e após o terramoto
Tara e Troy Livesay são dois norte-americanos que vivem e trabalham no Haiti. No seu blogue, relatam o que aconteceu e o que está a acontecer em Port-au-Prince. Troy está ainda no Twitter
Hoje, foi Tara que contou «a manhã seguinte»: «Quando a terra tremeu, processar o que estava a acontecer demorou muitos segundos. A casa balançava para a frente e para trás de uma forma que nem consigo descrever. Não parecia verdade. Parecia um filme. Objectos caíam por toda a casa. Parecia que o mundo estava a acabar. Não sei porque é que a minha casa ficou em pé e todos os meus filhos estão, neste momento, deitados a dormir nas suas camas. É uma coisa que desafia a lógica e os meus bebés foram poupados quando milhares de outros não o foram».
«Milhares de pessoas estão presas. Calcular um número seria como adivinhar quantas gotas de chuva caem no oceano. Vidas preciosas estão por um fio. Não há para onde as levar para serem tratadas quando forem retiradas dos escombros. O Haiti tem um sistema de saúde praticamente inexistente para a sua população».
«Não consigo imaginar como serão as próximas semanas e meses. Tenho medo por toda a gente. Nunca na minha vida vi pessoas mais fortes que as do Haiti. Mas tenho medo por eles. Por nós».
«O horror apenas começou».
«É possível que os noticiários se esqueçam de nós daqui a alguns dias - mas as pessoas continuarão a estar enterradas vivas e a sofrer».
«Sim, inúmeras, inúmeras - inúmeras casas, igrejas, hospitais, escolas e lojas colapsaram».
Tara e Troy Livesay relatam ainda que primeiro havia réplicas a cada cinco minutos, que depois passaram para cada dez minutos. E que as ruas estavam cheias de pessoas que dali não saiam com medo de ir para casa.
Os textos, em inglês, podem ser encontrados em www.livesayhaiti.blogspot.com e www.twitter.com/troylivesay.
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Créditos: Sol onLine / Maria Teresa Oliveira
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ABALO CHEGA AOS AÇORES
O violento sismo que atingiu o Haiti foi registado na rede sismológica dos Açores cerca de oito minutos de ter sacudido o país das Caraíbas.
Segundo Teresa Ferreira, do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Região (CVARG), o abalo foi registado mas com amplitude mínima.
MAIS DE 47 RÉPLICAS
De acordo com a estação britânica Sky News, o território afectado já registou mais de 47 réplicas. Sabe-se que pelo menos as duas primeiras, de 5,9 e 5,5 na escala de Richter, foram sentidas também nos países vizinhos: República Dominicana, Cuba e Bahamas.
Henry Bahn, membro do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos, em visita oficial ao país, adiantou que várias casas caíram numa ravina provocada pelo sismo.
“Todas as pessoas estão em pânico. Isto está um caos”, reforçou Bahn, acrescentando que o céu está “cinzento devido à nuvem de pó”.
O Instituto Geológico Norte-Americano afirmou que o epicentro do sismo ocorrido às 16h53 (21h53 em Lisboa) está localizado a cerca de 15 quilómetros a oeste de Port-au-Prince, capital do país.
De acordo com as últimas informações, entre os edifícios que ruíram encontram-se os ministérios das Finanças, dos Trabalhos Públicos, da Comunicação e Cultura, bem como o Palácio da Justiça, a Escola Normal Superior, um hospital de Petionville, nos arredores da capital, e o Palácio Nacional, que acolhe a presidência do país.
O único hospital cirúrgico gratuito do Haiti ficou fortemente danificado pelo abalo. Ainda assim, o serviço, gerido pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), tem estado a receber uma grande afluência de feridos ao centro de urgências.
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Créditos: Jornal CM -13Jan01
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