terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ser Feliz

"Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz."

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Alberto Caeiro

apenas Ricardo Reis..

Não Sei Se É Amor Que Tens

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?


Temo, Lídia

Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.
Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.


Vem Sentar-te Comigo

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
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A Flor Que És

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

Ricardo Reis

Antes De Nós

Antes de nós nos mesmos arvoredos
Passou o vento, quando havia vento,
E as folhas não falavam
De outro modo do que hoje.

Passamos e agitamo-nos debalde.
Não fazemos mais ruído no que existe
Do que as folhas das árvores
Ou os passos do vento.

Tentemos pois com abandono assíduo
Entregar nosso esforço à Natureza
E não querer mais vida
Que a das árvores verdes.

Inutilmente parecemos grandes.
Salvo nós nada pelo mundo fora
Nos saúda a grandeza
Nem sem querer nos serve.

Se aqui, à beira-mar, o meu indício
Na areia o mar com ondas três o apaga,
Que fará na alta praia
Em que o mar é o Tempo?

Ricardo Reis

O Pastor Amoroso

Todos os dias agora acordo com alegria e pena. Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo.
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Alberto Caeiro

Vai Pelo Casi Fora

Vai pelo cais fora um bulício de chegada próxima,
Começam chegando os primitivos da espera,
Já ao longe o paquete de África se avoluma e esclarece.

Vim aqui para não esperar ninguém,
Para ver os outros esperar,
Para ser os outros todos a esperar,
Para ser a esperança de todos os outros.

Trago um grande cansaço de ser tanta coisa.
Chegam os retardatários do princípio,
E de repente impaciento-me de esperar, de existir, de ser,
Vou-me embora brusco e notável ao porteiro que me fita muito mas rapidamente.

Regresso à cidade como à liberdade.
Vale a pena sentir para ao menos deixar de sentir.
Álvaro de Campos
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Há sempre Pessoa...

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Créditos: Net

Pessoa...

Os 75 anos sobre a morte de Fernando Pessoa vão ser assinalados hoje com a exibição do 'Filme do desassossego', obra de João Botelho inspirada no poeta, que decorrerá no Teatro Nacional São Carlos, em Lisboa.

O filme de João Botelho é uma interpretação para cinema de O livro do desassossego, de Bernardo Soares, um dos heterónimos do escritor.
Fernando António Nogueira Pessoa, um dos maiores poetas de língua portuguesa de sempre, faleceu em 1935, em Lisboa, com 47 anos.
Aos sete anos foi viver com a mãe para Durban, na África do Sul, onde fez os estudos, o que lhe proporcionou dominar a língua inglesa, na qual escreveu três dos quatro livros que publicou em vida. Regressou a Portugal com 17 anos.
Além de tradutor e correspondente comercial, foi empresário, editor, crítico literário, tradutor, jornalista, inventor e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária. Mensagem e Livro do Desassossego.
A longa-metragem inspirada na obra do poeta estreou-se no dia 29 de Setembro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e está a fazer um circuito de exibição pela rede de cineteatros, teatros municipais e nacionais até, pelo menos, Janeiro.
João Botelho decidiu não estrear Filme do desassossego no circuito normal das salas de cinema, por considerar que não se enquadra na lógica do cinema comercial, por querer privilegiar a palavra original de Fernando Pessoa.
Do elenco fazem parte Cláudio Silva, no papel de Bernardo Soares, e mais de quarenta atores em curtas participações, como Rita Blanco, Alexandra Lencastre, Miguel Guilherme, Catarina Wallenstein, Laura Soveral, Margarida Vilanova, Ricardo Aibéo, Manuel João Vieira e Marcelo Urghege.
Nos primeiros dias de exibição, o filme somou mais de três mil espectadores.
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Créditos: Lusa / SOL

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ContraLu(a)z

"Um cobarde é incapaz de demonstrar o amor. Isso é privilégio dos corajosos."
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Mahatma Gandhi

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Verdades...

"Usa a capacidade que tens.
A floresta ficaria silenciosa se só o melhor pássaro cantasse."

 Oscar Wilde

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O dia em que aprendi o que é estar morto

"Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura. Morri, ali.
A minha filha deveria sair da Escola, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.

O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"

Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado! Estacionei às tês pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.

Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.

Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.

E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?

Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.

E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.

Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância.

Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo."

Blog Pedro Ribeiro – Locutor da Comercial

Nos tempos que correm, é fácil entender a aflição deste pai, que esteve "morto" durante duas longas horas e depois... "renasceu"!
É bom que todos os pais conheçam esta história, verdadeira, para que cenas destas não se repitam, senão... podem "morrer" para sempre, como tantas vezes acontece, infelizmente!!!
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Créditos: Mail AAlves

... sem comentários!

O litro de gasóleo PARA OS IATES vende-se a 80 cêntimos!

Agora, todos ficam a saber: quem tem iates e embarcações de recreio beneficia de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores, por aplicação do Artº 29º do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008.
Assim, todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates...
É da mais elementar (in)justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,18 €, e os banqueiros e empresários do 'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80€, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores comuns não comprem iates!!!
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Créditos: Mail AAlves

ADRIAN ROGERS - 1931

Este pensamento é antigo - 1931 -, mas muito apropriado no momento politico em que vivemos atualmente.

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

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Créditos: Adrian Rogers, 1931

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A vida sem.....

A vida sem Engenheiros Aeronaúticos


A vida sem Engenheiros Civís


A vida sem Engenheiros Electrotécnicos

A vida sem Engenheiros Informáticos

A vida sem Engenheiros Mecânicos

A vida sem Engenheiros Telecomunicações

A vida sem Engenheiro Sócrates
Que sossego.......!!!!

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Créditos: Mail RBenedita

Alho eficaz no controlo da hipertensão

Cientistas australianos descobriram que o alho controla a hipertensão. O estudo foi realizado por investigadores da Universidade de Adelaide, na Austrália.


Durante 12 semanas, 50 pessoas foram sujeitas a um teste. Os cientistas descobriram que o consumo de quatro cápsulas diárias de extracto de alho envelhecido reduz a pressão arterial.
Um dos investigadores disse que o alho consumido de outra forma não tem o mesmo efeito.

Há muito tempo que se sabe que o alho é bom para o coração e a medicina tradicional indiana há séculos que usa o produto na prevenção da hipertensão. Este, no entanto, é o primeiro estudo a avaliar cientificamente o impacto do extracto de alho envelhecido.
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Créditos: TVnet

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lisboa pré 1755

Visite a cidade de Lisboa antes do terramoto de 1755

Imagens em três dimensões, geradas pela SWD Agency, mostram como eram algumas zonas de Lisboa antes do grande terramoto de 1755.
O sistema multimédia 3D de interpretação da maqueta da cidade de Lisboa antes do terramoto de 1755, desenvolvido pela SWD Agency e brevemente em exposição no Museu da Cidade, foi elogiado pelo professor de História de Arte na Universidade de Virgínia e director do Virtual World Heritage Laboratory, Bernard Frischer.

Para este professor, o modelo digital de Lisboa é "um projecto de nível mundial" e "um belo produto de uma profunda pesquisa histórica".
O director do Virtual World Heritage Laboratory refere que este tipo de projectos têm uma importância cultural fundamental e aplicações práticas na educação, investigação e na economia, sendo por isso "monumentos da nossa era, a era digital". E esta é uma área em que Lisboa se pode vir a tornar "líder mundial".
Bernard Fischer é o responsável pelo projecto Rome Reborn, um modelo 3D de Roma no auge da sua expansão em 320 a.C., e esteve recentemente em Lisboa, onde viu o modelo digital 3D da cidade de Lisboa pré-terramoto. Este projecto, liderado por uma equipa científica do Museu da Cidade, da Câmara Municipal de Lisboa, envolveu a pesquisa e análise de centenas de fontes: cartográficas, iconográficas, arqueológicas e bibliográficas (manuscritas e impressas), tendo por base a Maqueta da Cidade do Museu da Cidade.
A partir de todos estes elementos, a SWD desenvolveu a modelação 3D, texturas e renders fotorealistas com interactividade a 360º, animações 3D com diversos percursos pela cidade de Lisboa, edição e pós-produção de vídeo, para além do design e programação de interface multimédia com vários níveis de informação sobre a cidade antes e pós terramoto de 1755.
Esta reconstituição virtual com 21 pontos notáveis inclui conteúdos sobre o Paço da Ribeira, Terreiro do Paço, Rossio, Rua Nova dos Ferros, Convento do Carmo, Palácio das Necessidades, entre outros, e estará patente ao público no final de Novembro, no Museu da Cidade, em Lisboa.


http://aeiou.expresso.pt/visite-a-cidade-de-lisboa-antes-do-terramoto-de-1755=f616199

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Créditos: Expresso Online

Sem crer

... e quando o dia cinzento só se comparar à solidão
... e quando a garganta colada for dor no coração...

morrerás afogado nas palavras não escutadas
e estarás só.... únicamente só, que nem nortada!!!

Restará apenas o alívio da indiferença ao teu partir...
Saudades, só as tem quem já não esquece
e só esquece, quem já não mais acredita!

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

100thi

" Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres.
Se voltarem é porque as conquistei
Se não voltarem é porque nunca as tive . "
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Créditos: Bob Marley

Certamente.....

Se me esqueceres, só uma coisa: esquece-me bem devagarinho...

"Mário Quintana"
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Créditos: Face IRazões

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Meu Abrigo

"Olha pra mim
Deixa voar os sonhos
Deixa acalmar a tormenta
Senta-te um pouco aí

Olha pra mim
Fica no meu abrigo
Dorme no meu abraço
E conta comigo
Que eu estarei aqui

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei
sempre que te sentires só

Olha pra mim
Hoje não há batalhas
Hoje não há tristeza
deixa sair o sol

Olha pra mim
fica no meu abrigo
perde-te nos teus sonhos
e conta comigo
enquanto anoitece,
enquanto escurece,
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei sempre
que te sentires só

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei sempre
que te sentires só

eu estarei sempre
que te sentires só"
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Créditos: MV

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Oportunidade ANGOLA

Aquando da celebração do 35º aniversário da independência de Angola, a revista Visão publica uma reportagem sobre o novo modelo de vida dos angolanos. Para alguns, um novo estilo de vida.
A cidade de Luanda é a capital de todo o mundo que tem o metro quadrado ao preço mais elevado; recentemente, em Lisboa, foi apresentado um novo espaço comercial, o Luana Park; uma percentagem da sua população consta do top mundial dos voos privados; chineses, brasileiros, espanhóis e italianos, todos querem investir em Angola.

Este é o cenário de alguns habitantes em Luanda. A reportagem de Alexandra Correia e Lucília Monteiro começa com fotografias de Luanda: nas primeiras, o luxo e o requinte dos condomínios privados, noutra o lixo do mercado do samba e o centro comercial dos pobres, o Roque Santeiro. Uma imagem que ilustra as assimetrias sociais que caracterizam Angola. No entanto, de acordo com “Luanda – a vida na cidade dos extremos” – o nome da reportagem da Visão - já existem indícios daquilo que poderá vir a ser uma classe média, embora um “litro de leite continua a custar 2,6 euros e beber um café deixa-nos três euros mais pobres”, contam as jornalistas.

Aqui, Angola ganha o pseudónimo de “país das contradições”. Por um lado, os musseques sobrelotados, com alguns e incertos milhares de pessoas, que até ao final de Agosto se abasteciam no Mercado do Roque Santeiro. Agora, o histórico espaço passou para Panguila, a 18km da cidade, onde estarão reunidas as condições de saneamento básicas que “irão afastar, finalmente, as moscas da carne”. Os momentos lúdicos para a classe baixa fazem-se com uma aparelhagem, “sardinhas e cerveja para o fim-de-semana”.

Por outro lado, a sul, as festas fazem-se com música do vivo no Miami Beach ou no Chill Out onde cada cliente paga 100euros para entrar. Os frequentadores destes clubes vivem em condomínios privados na Talatona “junto da praia, com arame farpado e guardas à porta” e fazem compras no Centro Comercial de Belas onde os preços são o triplo daqueles que são praticados em Portugal.

Num retrato de Luanda, a reportagem da Visão aborda – além das desigualdades sociais – as estreitas relações com a China, onde as jornalistas focam o caso da construção do Hospital Geral de Luanda que teve que ser evacuado depois de quatro anos porque estava prestes a ruir. Um assunto sensível mas também motivo de investigação é a corrupção, “a gasosa”, já que Angola faz parte dos 20 países mais corruptos de todo o mundo.

Na boca dos portugueses, Angola é neste momento “A terra das oportunidades”. Lá há demasiada coisa a passar-se em diferentes áreas: na construção, nas comunicações, nas artes, na música. O kuduro é banda sonora mundial, as cores quentes estão nas passerelles de tudo, o Mussulo é uma referência turística. Os estudantes angolanos que estão na diáspora só pensam no retorno. Ouvia-se há dias: “Para Angola já e em força”.
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Créditos: SapoNoticias-Eliana Silva

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ópio

Tu, vulto homem, que amor carregas...

Não protegas quem não entende a protecção..
Não te lapides, não te consumas....
A recompesa é e será a solidão...
Será e será sempre a incompreensão!!

Não te gastes em palavras mal ouvidas
Não te desgastes em síbalas, que soaram sempre ao que não dizes...
Tu, vulto homem.... que o não soubeste ser..
Rijo.... vil... cruel... insensível....
Marcavas no corpo a tua rudez.. mas eras Napoleão no apogeu
Em que o sabre, apeava qualquer cobardia....

Vulto homem.... não engrossaste a tua voz
Não foste fio de navalha criada na dor da forja
Que ela, agora, se apague no mais mudo silêncio
E sejas apenas vulto....
sem sombra d’ homem.

domingo, 7 de novembro de 2010

Entretanto...

"Dá-me um abraço
Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo
Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço
Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar
É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega"

http://www.youtube.com/watch?v=uxBEy61xN-A
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Créditos: Mail ET/Miguel Gameiro

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Delicioso...

http://www.youtube.com/watch?v=XFdbZHMBxfg

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Créditos: Youtube

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

e esta??!!!!

Uma mulher a falar ao telemóvel em 1928?

Um amante de cinema via os extras de um filme de Charlie Chaplin, de 1928, quando reparou numa cena das imagens da estreia onde uma mulher parece claramente estar a falar ao telemóvel. Agora George Clarke pede ajuda ao mundo para encontrar uma explicação.

http://aeiou.expresso.pt/uma-mulher-a-falar-ao-telemovel-em-1928=f613041
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Créditos: Expresso online