terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ópio

Tu, vulto homem, que amor carregas...

Não protegas quem não entende a protecção..
Não te lapides, não te consumas....
A recompesa é e será a solidão...
Será e será sempre a incompreensão!!

Não te gastes em palavras mal ouvidas
Não te desgastes em síbalas, que soaram sempre ao que não dizes...
Tu, vulto homem.... que o não soubeste ser..
Rijo.... vil... cruel... insensível....
Marcavas no corpo a tua rudez.. mas eras Napoleão no apogeu
Em que o sabre, apeava qualquer cobardia....

Vulto homem.... não engrossaste a tua voz
Não foste fio de navalha criada na dor da forja
Que ela, agora, se apague no mais mudo silêncio
E sejas apenas vulto....
sem sombra d’ homem.

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