Cristais de Naica - México

Cristais gigantes de Naica crescem há um milhão de anos

"Caverna dos Cristais". Foto El Pais

As selenites da mina mexicana de Naica crescem a uma velocidade bastante inferior à das estalactites e estalagmites, concluiu uma equipa investigadores espanhóis e japoneses.

Os cristais gigantes da mina de Naica, no México, demoraram um milhão de anos para atingir os actuais 11 metros de altura e dois metros de diâmetro, segundo um estudo agora divulgado.

As selenites crescem a uma velocidade extremamente lenta, o equivalente à espessura de um cabel a cada 100 anos, um ritmo bastante inferior ao das estalactites e estalagmites, concluíram os investigadores.

Liderados pelo cristalógrafo espanhol Juan Manuel García Ruiz, a equipa hispano-japonesa desenvolveu um microscópio de alta resolução para estudar as amostras recolhidas na mina de Naica.
“O crescimento destas formações é tão lento que, até agora, era quase impossível medi-lo, algo que agora é possível graças ao microscópio especial que desenhámos com a colaboração de um grupo de investigadores da Universidade de Sendai, no Japão”, afirma Juan Manuel García Ruiz, do Instituto Andaluz de Ciências da Terra.

“Este instrumento permitiu-nos estimar que alguns dos cristais que se encontram na caverna estão a crescer há cerca de um milhão de anos”, sublinha o investigador.

As primeiras minas de cristais de Naica foram descobertas em 1910, a cerca de 120 metros de profundidade. Mas só recentemente, em 2000, é que foi encontrado o sistema de túneis conhecido como “A Caverna dos Cristais”, 300 metros abaixo da superfície.
Com cristais selenites de grandes dimensões, que podem chegar aos 11 metros de altura, é considerada uma das descobertas mais espectaculares na área da geologia.
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Créditos: Sapo /Google