domingo, 2 de janeiro de 2011

Perder...

A sensação de perder é horrivel.
Já todos nós perdemos qualquer coisa e perder significa deixar de ter algo que era nosso, que nos pertencia, que nos engrandecia, que nos completava!!
Perder, é pois algo que nos torna mais pobres.
Quantas vezes, no auge de pobreza extrema, nos questionamos qual o nosso papel nesta peça de teatro que é a nossa vida....??
Por vezes, o acto de "perder" questiona toda na nossa razão e coloca na linha da frente aquele vocábulo tão enigmático... que é o "Porquê??"
Muitas vezes, jamais encontramos justificação que nos satisfaça plenamente..
Outras vezes, porém, encontramos respostas e atitudes que apenas pretendem colmatar a perda, mas que não passam disso mesmo... preenchem o espaço, vazio, mas sem o poder ocupar.
A maior parte dos casos, acabamos por "perder" simplesmente...

O sentimento de culpa, pode surgir na nossa mente, quando, por vezes, facilmente nos refugiamos na nossa alegada incompetência. Assim, assumimos a nossa incapacidade de ter feito o que deveria ter sido feito e da forma mais correcta. Assumimos a causa e a consequência.. e justificamos a necessidade de ter que "saber perder".

Outras vezes, "perdemos" não por má formação, inabilitação, descuido ou falta de dedicação... perdemos pois não controlamos a vida, a doença ou a dor, ou, quiça, a "vontade suprema".
Nesta situação, o nosso lado humano é o que mais se ressente e com ele toda a nossa estrutura é abalada.. Neste caso, em que não nos sentimos nem culpados nem incompetentes, é o que mais tristeza carrega, pois "perdemos" quem nós tanto gostamos de cuidar e que tanta felicidade sentiamos no acto nobre e genuino de acarinhar, tentando minimizar dores, angústias e sofrimento.
Neste caso, perde-se verdadeiramente, algo que era "nosso".

A capacidade humana de se auto-depurar, de se regenerar e saber ultrapassar "situações de perdas" na dor, leva ao "levantar da cabeça" e, sem esquecer ou derrespeitar quem já não é nosso,  à aplicação de todas as nossas capacidades em quem, neste momento, precisa de nós.

Atitudes como esta, revelam não só a nossa mais integra parte humana, como a felicidade de viver e trabalhar em prol de quem necessita, mesmo sabendo que, a cada instante, podemos novamente voltar a "perder".

Para quem, hoje, já "perdeu", que encontre no Sol a energia que necessita e nos sorrisos de quem a reencontra, incentivo pela atitude de vida que desenvolve.
Cuidar e gostar de cuidar... não é para todos. Ser cuidador por felicidade e realização profissional é apenas para alguns que tem o sorriso como cartão de visita!
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