terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Réquiem à despedida

Ser-se forte, mas para quê???

Se tudo agora já é o nada…
Balouço sem criança a sorrir
Alpendre sem ancião a recordar…
Quero cair de exaustão,
Quero cair sem regresso,
Quero partir sem saudade…
Quero partir sem voltar!!!

Os que ficam, esquecerão
Passagem fútil e sem razão
Grão de pó, doce maresia
Grita por mim, ó mundo surdo
Sou um troféu sem ser vitória
Sou sol perdido na primavera
Sou companhia que está ausente
Sou a nortada em noite fria!!!

Ó tempo já sem memória
Ó vento…. sopra com raiva
Faz tempestade com fogo
Queima a terra ontem sagrada
Fui tentação desejada
Fui promessa inacabada
Fui o sol, amei a lua
Fui tudo isto e agora nada!!!

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