Irmandade
Sou homem: durmo pouco
e é enorme a noite.
Mas olho para cima:
as estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
e neste mesmo instante
alguém me soletra.
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Octavio Paz
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
2010
Que o ano de 2010 seja generoso em
AMOR
Para que goste da vida tal como é
SAÚDE
Para que a leve a quem não tem
DINHEIRO
Para que possa repartir com quem não tem
SENSIBILIDADE
Para não ficar indiferente diante das belezas da vida.
CORAGEM
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.
SOLIDARIEDADE
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade
BONDADE
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda
TRANQUILIDADE
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos
ALEGRIA
Para você distribuí-lá, colocando um sorriso no rosto de alguém
HUMILDADE
Para você reconhecer aquilo que você não é
AMOR PRÓPRIO
Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro
FÉ
Para te guiar, te sustentar e te manter de pé
SINCERIDADE
Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor
FELICIDADE
Para você descobri-lá dentro de você e doa-lá a quem precisar
ESPERANÇA
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança
SABEDORIA
Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão
-------------------------------------------------- Créditos: Mail EC - adaptado
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Globular M13
Glittering Metropolis
Como um turbilhão de flocos brilhantes espumante em um globo de neve, o Hubble peguei esse vislumbre de muitas centenas de milhares de estrelas movendo-se no aglomerado globular M13, um dos mais brilhantes e mais conhecida aglomerados globulares no céu do norte. Esta metrópole brilho das estrelas é facilmente encontrado no céu de inverno na constelação de Hércules e até pode ser vislumbrada a olho nu, sob um céu escuro.
M13 é o lar de mais de 100.000 estrelas e está localizado a uma distância de 25.000 anos-luz. As estrelas são embalados tão estreitamente juntos em uma esfera, de cerca de 150 anos-luz de diâmetro, que vai gastar toda a sua vida girar em torno do cluster.
Perto do centro deste cluster, a densidade de estrelas é de cerca de uma centena de vezes maior do que a densidade do bairro de nosso sol. As estrelas estão tão lotados que eles podem, às vezes, bate em outro e até mesmo formar uma nova estrela, chamado de vagabundo "azul".
As estrelas mais brilhantes avermelhada no cluster são antigos gigantes vermelhas. As estrelas do envelhecimento têm ampliado a muitas vezes seus diâmetros originais e resfriado. O azul de estrelas brancas são as mais quentes do cluster.
Aglomerados globulares podem ser encontrados espalhados em grande parte em uma grande halo em torno de nossa galáxia. M13 é um dos cerca de 150 conhecidos aglomerados globulares em torno de nossa galáxia Via Láctea.
Aglomerados globulares têm algumas das mais velhas estrelas do universo. Eles provavelmente formado antes do disco da Via Láctea, por isso eles são mais velhos do que quase todas as outras estrelas em nossa galáxia. Estudando aglomerados globulares, portanto, nos fala sobre a história da nossa galáxia.
Esta imagem é uma composição de arquivamento de dados do Hubble obtidas com a Wide Field Planetary Camera 2 eo Advanced Camera for Surveys.
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Crédito da imagem: NASA, ESA, e do Hubble Heritage Team (STScI / AURA)
Reconhecimento: C. Bailyn (Yale University), W. Lewin (Massachusetts Institute of Technology), A. Sarajedini (Universidade da Flórida), e W. van Altena (Yale University)
Frases com sentidos..
"Nunca deixes aquilo que amas por aquilo que desejas, pois aquilo que tu desejas te deixará pelo que ama"
domingo, 27 de dezembro de 2009
Frases com sentidos..
"Um abraço é um presente perfeito: serve a todos e não há problema em trocá-lo."
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Créditos: Hot CC
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Créditos: Hot CC
Solidão...
Solidão
Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delírio
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
Mas os ruídos da noite
trazem a sua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna
Longe
os homens afundam-se
com o caju que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo
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Créditos: Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delírio
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
Mas os ruídos da noite
trazem a sua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna
Longe
os homens afundam-se
com o caju que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo
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Créditos: Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Frases com sentidos..
"Quando sonhamos juntos, é o começo da realidade"
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D.Quixote
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D.Quixote
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Abraço
Simples abraço, os olhos pedem..
Tocam-se os sóis, Lua escondida
Nada mais bule.... o mundo acaba!!
Ó frio gélido, forte chuva atroz
Fraca tempestade... mar de emoções
Brisa de leste, plana Albatroz.
Tremores passados, castram sorrisos
Tímidos toques, palavras fortes
Trazem sossegos.... respira a vida!!
Solstício d’ Inverno podes entrar
O vento rufa... onda batida
Rocha de espuma, maresia plo’ ar.
Amanhã já não é hoje
Nariz vermelho com coração
Forte serás... cadeado, algema!!
Setes colinas de rios e mar
Abraça por mim... olhar verdura
Gotas de sal, num só beijar.
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Tocam-se os sóis, Lua escondida
Nada mais bule.... o mundo acaba!!
Ó frio gélido, forte chuva atroz
Fraca tempestade... mar de emoções
Brisa de leste, plana Albatroz.
Tremores passados, castram sorrisos
Tímidos toques, palavras fortes
Trazem sossegos.... respira a vida!!
Solstício d’ Inverno podes entrar
O vento rufa... onda batida
Rocha de espuma, maresia plo’ ar.
Amanhã já não é hoje
Nariz vermelho com coração
Forte serás... cadeado, algema!!
Setes colinas de rios e mar
Abraça por mim... olhar verdura
Gotas de sal, num só beijar.
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domingo, 20 de dezembro de 2009
NATAL DE ALGUNS........
NATAL DE QUEM?
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
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Créditos: João Coelho dos Santos
in Lágrima do Mar - 1996)
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
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Créditos: João Coelho dos Santos
in Lágrima do Mar - 1996)
sábado, 19 de dezembro de 2009
Frases com sentido..
"Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto esperam a grande felicidade"
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
PRESENÇA
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
Mário Quintana
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Créditos: E Costa
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
Mário Quintana
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Créditos: E Costa
domingo, 13 de dezembro de 2009
Frases com sentido..
“"Ao persistir na lamúria contra a oposição e ao tentar arrastar pateticamente o Presidente da República para o ringue, o PS confessa que só existe um tipo de poder que se ajusta aos portugues: o poder absoluto, sem espaço para 'diálogo', 'vigilância' ou 'negociação'".
João Pereira Coutinho, "Correio da Manhã", 13-12-2009
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Créditos: Público online
João Pereira Coutinho, "Correio da Manhã", 13-12-2009
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Créditos: Público online
SOY O CREO SER
Por mi parte, soy o creo ser duro de nariz,
mínimo de ojos,
escaso de pelos en la cabeza,
creciente de abdomen,
largo de piernas,
ancho de suelas,
amarillo de tez,
generoso de amores,
imposible de cálculos,
confuso de palabras,
tierno de manos,
lento de andar,
inoxidable de corazón,
aficionado a estrellas, mareas, terremotos,
chileno a perpetuidad,
sosegado en la alegría,
inspector de cielo nocturno,
trabajador invisible,
desordenado,
persistente,
valiente por necesidad, cobarde sin pecado,
soñoliento de vocación,
amable de mujeres,
activo por padecimiento,
poeta por maldición
y tonto de capirote.
Pablo Neruda
mínimo de ojos,
escaso de pelos en la cabeza,
creciente de abdomen,
largo de piernas,
ancho de suelas,
amarillo de tez,
generoso de amores,
imposible de cálculos,
confuso de palabras,
tierno de manos,
lento de andar,
inoxidable de corazón,
aficionado a estrellas, mareas, terremotos,
chileno a perpetuidad,
sosegado en la alegría,
inspector de cielo nocturno,
trabajador invisible,
desordenado,
persistente,
valiente por necesidad, cobarde sin pecado,
soñoliento de vocación,
amable de mujeres,
activo por padecimiento,
poeta por maldición
y tonto de capirote.
Pablo Neruda
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Memória
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
---------------------------------
Créditos: Carlos Drummonmd de Andrade
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
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Créditos: Carlos Drummonmd de Andrade
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Frases com sentido..
"A hora mais escura da noite é justamente aquela que nos permite ver melhor as estrelas."
(Charles Beard)
"Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém"
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Créditos: Hot CC
(Charles Beard)
"Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém"
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Créditos: Hot CC
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
El Niño
O garoto que agita o clima mundial
Ele é um garoto sapeca. Ninguém sabe muito bem a hora em que ele vai aparecer. Por onde aparece, muda a ordem das coisas, do jeito dele, sem se importar com as conseqüências. Quando alguém que não o conhece direito vê algo fora do lugar, já fala que a culpa é dele. Mas ele não é só desgraça, não: coisas boas acontecem quando ele passa. E, se não bastasse isso, ele tem uma irmãzinha, tão travessa quanto ele, mas que aparece bem menos. Você já ouviu falar dele... El Niño é o garoto. El Niño é o nome pelo qual é conhecido o fenômeno que provoca o aquecimento da superfície da parte leste do oceano Pacífico, junto ao litoral de Peru e Equador, estendendo-se para oeste, ao longo da linha do Equador, fenômeno que, em geral, se inicia no meio de um ano e termina no fim do ano seguinte. Em oposição a ele, La Niña é o nome que se dá ao efeito contrário, ou seja, ao resfriamento da superfície da mesma região do Pacífico. Os efeitos dos dois fenômenos no clima mundial não são sempre opostos.
Ainda não há consenso entre os cientistas sobre as razões que provocam El Niño, mas o seu mecanismo já é bem conhecido. Em períodos normais, os ventos no oceano Pacífico sopram fortemente do leste (América do Sul) para oeste (Ásia). As correntes marítimas quentes do Pacífico equatorial têm essa mesma direção. Isto provoca uma elevação de até 60cm no nível do oceano na costa das Filipinas em relação à do Panamá, além de uma temperatura da água até 8oC mais elevada na costa asiática. Este excesso de temperatura facilita a evaporação e causa as chuvas intensas normalmente observadas na Indonésia.
A temperatura na superfície oceânica é mais baixa no litoral sul-americano porque a corrente marítima de Humboldt leva águas frias da região antártica para a equatorial. A corrente de Humboldt também arrasta plâncton, ou seja, animais e outros seres microscópicos, que servem de alimento aos peixes. Por isso, observa-se uma população de peixes muito grande nessa região do Pacífico.
Entretanto, toda essa dinâmica é alterada em períodos de El Niño. As correntes marítimas quentes da região equatorial passam a se deslocar no sentido inverso, ou seja, em direção à costa peruana. Os ventos em direção ao oeste tornam-se bastante fracos ou mesmo sopram na direção contrária, dependendo da força de El Niño.
O meteorologista britânico Gilbert Walker observou, em 1923, relação entre as leituras dos barômetros, ou seja, as pressões atmosféricas, de duas estações meteorológicas localizadas na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa (Pacífico central), e em Darwin, no norte da Austrália. A pressão em Darwin geralmente é bem mais baixa que no Taiti, o que justifica os fortes ventos na direção da Austrália. Em períodos de El Niño, no entanto, as pressões atmosféricas se tornam mais próximas entre si, enfraquecendo os ventos.
Walker deu a esse fenômeno o nome de Oscilação Sul, visto que as duas localidades estão situadas abaixo do paralelo 10º sul. Ele também percebeu que, enquanto persistia a baixa diferença entre os barômetros, o sudeste asiático, a Índia e a Austrália passavam por períodos de seca intensa, embora fosse incapaz de explicar a razão. Novos fatos foram descobertos nas décadas seguintes, como ilhas do Pacífico equatorial que, embora desérticas, recebem chuvas muito intensas e contínuas em anos de El Niño, devido à mudança dos ventos. O meteorologista sueco de origem norueguesa Jacob Bjerknes passou a pesquisar El Niño na década de 1960. Ele foi o cientista que primeiro registrou a elevação anormal de temperatura da superfície oceânica junto à costa do Peru. Foi ele também quem percebeu a relação entre esse fenômeno e a Oscilação Sul, explicando, assim, as secas na Ásia e na Austrália.
O fenômeno El Niño recebeu este nome no fim do século 19 dos marinheiros de Paita, cidade de 35 mil habitantes no noroeste do Peru. Os marinheiros associaram a mudança na direção da corrente marítima ao nascimento do menino Jesus porque o efeito é percebido próximo à virada de ano. Mas antes disso, pescadores peruanos já notavam, em alguns anos, uma grande redução na farta quantidade de peixes normalmente disponível.
Paita: cidade portuária de paisagem árida
Crédito: Paitanet.com
Essa redução da população de peixes em anos de El Niño é devida a um impedimento da corrente de Humboldt em emergir à superfície oceânica na região da linha do Equador. Com as correntes quentes indo em direção ao Peru, aumenta imensamente nessa região o volume de água quente, que fica na parte superior do oceano. Com isso, a água fria da corrente de Humboldt cruza a costa peruana em uma profundidade muito maior.
A corrente quente superficial, ao mudar de direção, leva os peixes para o sul, próximo da costa chilena. Nesse local a corrente fria ainda consegue emergir e alimentar os peixes, beneficiando a pesca chilena no lugar da peruana. Além disso, são beneficiados os agricultores peruanos, que vêem chover fartamente numa região normalmente muito árida. A produção de camarões nos estuários peruanos também aumenta muito, pelo aumento da vazão dos rios.
No Brasil, os efeitos de El Niño são menos intensos. As mudanças climáticas mais observadas são secas na Amazônia, principalmente no verão; secas também na estação chuvosa do interior do Nordeste (de fevereiro a maio); aumento de temperatura no centro-sul do país; e enchentes na região Sul, em especial no meio do segundo ano de El Niño.
El Niño é único no planeta. Um fenômeno que altera a dinâmica do clima em todo o planeta só ocorre no oceano Pacífico porque esse oceano é muito grande, ocupando quase 40% da superfície terrestre. Há oscilações equivalentes a El Niño no oceano Atlântico, mas sua influência no clima é apenas local. Ainda há muito a entender sobre os fenômenos meteorológicos do planeta. Conseguir prever quando chegará o "garoto", e com isso evitar tragédias e tirar proveito do fenômeno, é mais um desafio da ciência.
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Créditos: © Revista Eletrônica de Ciências - Número 16 - Fevereiro de 2003.
Daniel Perdigão Nass - Estudante do curso de química do IQSC-USP - Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo
O Deserto do Pó
Atacama, o deserto do pó
No deserto de Atacama, o mais árido do planeta, há séculos que não cai uma gota de água. Só há rochas, pedras, cactos, pó... E uma estranha beleza, que inexplicavelmente se entranha.
Para trás, a Argentina e o sul do Chile. Para a frente, Monsieur de la Palisse e o norte, depois o Peru, o Equador, a Colômbia, o Panamá, a Costa Rica, a Nicarágua, as Honduras, El Salvador, a Guatemala, o México, os Estados Unidos da América e o Canadá, ponto final no Alasca. Neste preciso ponto, próximo da cidade de Vallenar, III Região do Chile, uns 140 quilómetros a sul de Copiápo - a maior das três províncias da região de Atacama -, 660 quilómetros a norte de Santiago, capital chilena, debaixo de um sol tórrido, por cima do Trópico de Capricórnio, não havia maneira de o carro pegar. Não era um carro qualquer. Era um Ford, modelo Falcon, distinto exemplar da indústria de Detroit, casta de 82, ainda assim com menos anos que os seus três mil de cilindrada, motor musculado, estrutura em V, engolidor de óleo e de água, um puro-sangue, transfusionado para nos servir, se a ignição ajudasse. Só assim seria possível retomar o norte na imensa auto-estrada Pan-Americana, em direcção à boca enorme do deserto de Atacama, mortinho para nos engolir de um fôlego junto com a lata velha, que desatou a cuspir fumo pelas traseiras, dispensando a vigésima ida ao mecânico, mais coisa, menos coisa.
É preciso ter cuidado, muito respeito, quando se está prestes a enfrentar um monstro de rara beleza como este deserto, como um animal indomável, que é a sua própria lei, cuja imensidão é maior do que parece. Do tempo, não havia que esperar grande coisa, a não ser os aspectos científicos da sua previsibilidade: quase de certeza que não ia chover.
No deserto de Atacama não chove há mais de 400 anos, mas já houve períodos de mais de mil anos em que não caiu uma gota de água. Informação preciosa, inversamente proporcional às litradas engarrafadas, a aquecer no banco de trás. A viatura não dispunha de ar condicionado, airbags ou direcção assistida, pedaços foram caindo desde a cidade de Buenos Aires, pneus morreram na travessia da Patagónia, que em dureza não é comparável ao Atacama, floresciam fios eléctricos por todos os recantos do tablier, quase tudo o que era para funcionar não funcionava, mas tinha junto ao rádio avariado, presa por um íman, a Virgem da Guadalupe, santinha em traje alvo e celeste, cores da grande nação argentina e a mensagem tranquilizadora: "Buena Viaje!"
Sempre seco
O deserto de Atacama é o mais árido e o mais alto do planeta, já que fica a uma média de mil metros acima da linha de água. É evidente que uma coisa está ligada à outra. O fenómeno climático global, que na sua latitude cria desertos nas costas ocidentais em todos os continentes do hemisfério sul, faz a sua parte neste enorme pedaço do Chile. Os anticiclones do Pacífico, os grandes sistemas estáveis de alta pressão continuavam a criar os ventos alísios, mas nunca causando índices pluviométricos no deserto de Atacama, a salvo destes pela sua altitude, que por isso impede a sua passagem. A corrente de Humboldt, que transporta uma maré imparável de águas frias da Antárctida a norte e ao longo da costa chilena, que torna gélidas as brisas marítimas do oeste, continuava a reduzir a evaporação, a estimular o fenómeno de inversão térmica, a impedir a formação de nuvens altas e, por sua vez, de chuva. E, já agora, também não convém esquecer o gigante, a imensa cordilheira dos Andes, que forma uma planície vulcânica, altíssima e em forma de concha - a famigerada região altiplana andina -, que impede a passagem das tempestades de humidade que derivam da Amazónia brasileira. Sendo assim, também era melhor levar umas bolachas, pois a parte inicial era precisamente através das regiões onde durante mais tempo se registaram os mais longos períodos sem água, o que pode gerar fome. O primeiro objectivo era passar a cidade de Copiápo, onde estava a única estação de serviço num raio de 150 quilómetros, com sorte chegar à II Região, Antofagasta. Com mesmo muita sorte, chegar a Calama, a escassos quilómetros de San Pedro de Atacama, o oásis de Atacama.
Sem mais, a cidade de Vallenar, um depósito de solidão, mochileros de passagem e mineiros desempregados, ficou para trás, sorvendo lentamente o depósito que antes de sair atestámos, o que é de vital importância. Aliás, qualquer nativo aconselhará a atestar o depósito sempre que pelo caminho se verifique que não é miragem uma estação de abastecimento de 'nafta', que é como encontrar ouro onde não existe filão. Transposta com grande confiança a primeira parte do trajecto, por entre montes e vales, passando primeiro por uma região costeira onde a vista se perde no Pacífico, a uma velocidade média de 60, 70 quilómetros/hora, fomos encontrando o âmago, rocha, pedra, cactos de westerns gastos pelo tempo, pó, esqueletos de automóveis no meio do nada absoluto e magnífico, onde não havia um vestígio de vida que não fosse víbora ou presa. O ar é sequíssimo, parecia que o deserto se esticava à nossa frente, hipnotizando, lançando o seu feitiço, colando os lábios, apertando a garganta, dificultando a respiração.
Até à próxima estação, só havia recta, sob um sol intenso. A temperatura durante o dia excede os 40 graus. Durante a noite, é negativa. É importante não parar. Só a estrada parecia serpentear nas cores do sol na areia, nos múltiplos reflexos na rocha, no castanho da aridez, nas ilusões que criava, enquanto se acumulava o cansaço, distraído por altares ocasionais, muito comuns na América do Sul, quase esculpidos na rocha, que cada vez mais apertava o cerco à estrada. Muito de vez em quando, um camião cruzava-se connosco ou éramos ultrapassados por carrinhas de caixa aberta, tracção 4x4, a velocidade estonteante.
Em marcha lenta
Quilómetros e quilómetros passaram muito mais lentamente. Impossível dizer quantos, pois o conta ditos também estava avariado. Até chegar às imediações de Copiápo, que parece uma cidade fantasma, à paisana no deserto, cercada por furacões de alta e baixa intensidade que ao longe se viam a dançar em seu redor. E onde havia uma estação de serviço. Depósito cheio, dez litros de água fresca, que em meia hora ficava à temperatura ambiente, numa hora em chá, e umas daquelas sandocas universais das estações de serviço que se colam ao céu da boca, pois não havia mais nada que isso para além do tradicional choripan (chouriço em pão de cachorro), que é de enjoo fulminante. Daqui em diante, disse o gasolineiro, era rezar, parar de vez em quando para regar o motor e nem pensar em passar a noite no carro, muchachos.
Percebemos porquê mal nos fizemos de novo à estrada, atirados para um tumulto gigantesco de pó, desaparecendo Copiápo no retrovisor, desaparecendo a estrada por completo no horizonte, obrigando-nos a fechar as janelas do nosso forno ambulante, que ainda assim resistia, em marcha lenta para o epicentro de qualquer coisa ainda pior. O deserto de Atacama não gosta de nós. Não é para ser atravessado. E, decididamente, não é sítio para se ter uma avaria. E não é para acelerar mesmo que se tenha pressa de chegar ou, simplesmente, de sair dali. "Passito, passito, muchachos!" Devagar.
Devagar, nunca chegaríamos a Antofagasta, a maior cidade da região atacamanha. Depressa chegou o pôr-do-sol, o que não eram boas notícias para quem tinha as luzes do carro avariadas. Por outro lado, não havia vivalma, a coisa de 100 quilómetros de Antofagasta, a meio caminho e muito deserto de Calama, que era o objectivo do dia seguinte.
Ainda bem que sacudimos o pó do mapa, descobrindo um ponto minúsculo naquela geografia, a pouco mais de 40 quilómetros, virando em direcção à costa: Taltal outrora era um enclave boliviano, actualmente é um povoado de férias para muitos brasileiros, que adoram as praias um pouco mais afastadas de Pan de Azucar. Taltal era uma cidade tal que mal podíamos esperar para sair de lá, o que fizemos à primeira luz do dia, já que do carro não era expectável. Partimos em direcção a Calama, apenas passando ao largo de Antofagasta, na mais dura etapa deste deserto. Nas imediações de Antofagasta, visto de longe, ganha forma uma 'alucinação": a Mano del Desierto, um dos últimos legados do ditador Augusto Pinochet. Uma mão gigante que se ergue no nada, como se estivesse a impedir o céu de cair. É território inóspito, duro, petrificado, que parece sem fim, que parece o fim do fim, de novo sob um sol inclemente.
A cidade de Calama, a mais de dois mil metros de altitude, é como avistar o paraíso. Sendo chilena, é na verdade uma cidade de bolivianos. E o cansaço, pela viagem e pela altitude, é indescritível. É preciso um esforço titânico para procurar um sítio para dormir, embora o alojamento seja abundante, nem todos à prova de engano.
E, no dia seguinte, se a santinha e o motor quisessem, dormiríamos em San Pedro de Atacama, a jóia do deserto. Cansados chegámos, cansados abandonámos Calama, uma daquelas cidades em que só os poucos que estão não estão de passagem. Se o carro andasse, sempre uma incógnita matinal, o verdadeiro teste seria aos travões, que, em harmonia com o resto do carro, não andavam grande coisa. Através da região montanhosa, a descida para San Pedro de Atacama é de troços longos e íngremes, curvas e contracurvas perigosíssimas, ganchos à esquerda e à direita, cada qual com o seu penhasco, alternando com extensas planícies de sal, que espelham o céu, unindo-se com ele ao longe. Não sei se foi a santa, mas foi um milagre chegarmos a San Pedro de Atacama, já próximo das confluências da Bolívia e do extremo norte da Argentina. E logo para conhecer o mecânico local, que se mexia como se estivesse em Calama e que também já começava a acreditar no poder da Virgem de Guadalupe.
"De Buenos Aires? Han venido con este coche, carajo?"
Não digam mais: "Gringos!"
Mal sabia o senhor oleado que o carro precisava de uma vela para o motor e que não havia uma vela como aquela em todo o San Pedro de Atacama. É mais fácil encontrar ali uma rosa.
(Texto publicado na Revista Única da edição do Expresso de 28 de Novembro de 2009)
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Créditos: Jornal Expresso Online
Amor visto pelas Crianças... vamos acreditar!!!
«Quando a minha avó ficou com artrite, não se podia dobrar para pintar as unhas dos dedos dos pés. Portanto o meu avô faz sempre isso por ela, mesmo quando apanhou, também, artrite nas mãos. Isso é o amor.»
Rebeca, 8 anos
«Quando alguém te ama, a maneira como pronuncia o teu nome é diferente. Tu sentes que o teu nome
está seguro na boca dessa pessoa.»
Billy, 4 anos
«O amor é quando uma rapariga põe perfume e um rapaz põe colónia da barba e vão sair e se cheiram um ao outro.»
Karl, 5 anos
«O amor é quando vais comer fora e dás grande parte das tuas batatas fritas a alguém, sem a obrigares a darem-te das dele.»
Chrissy, 6 anos
«O amor é o que te faz sorrir quando estás cansado.»
Terri, 4 anos
«O amor é quando a minha mamã faz café ao meu papá e bebe um golinho antes de lho dar, para ter a certeza de que o sabor está bom.»
Danny, 7 anos
«O amor é estar sempre a dar beijinhos. E, depois, quando já estás cansado dos beijinhos, ainda queres estar ao pé daquela pessoa e falar com ela. O meu pai e a minha mãe são assim. Eles são um bocado nojentos quando se beijam.»
Emily, 8 anos
«O amor é quando dizes a um rapaz que gostas da camisa dele e, depois, ele usa-a todos os dias.»
Noelle, 7 anos
«O amor é quando um velhinho e uma velhinha ainda são amigos, mesmo depois de se conhecerem muito
bem.»
Tommy, 6 anos
«A minha mãe ama-me mais do que ninguém. Não vês mais ninguém a dar-me beijinhos para dormir.»
Clare, 6 anos
«Amor é quando a mamã dá ao papá o melhor pedaço da galinha.»
Elaine, 5 anos
«Amor é quando a mamã vê o papá bem cheiroso e arranjadinho e diz que ele ainda é mais bonito do que o Robert Redford.»
Chris, 7 anos
«Amor é quando o teu cãozinho te lambe a cara toda, apesar de o teres deixado sozinho todo o dia.»
Mary Ann, 4 anos
«Quando amas alguém, as tuas pestanas andam para cima e para baixo e saem estrelinhas de ti.»
Karen, 7 anos
«Nunca devemos dizer “Amo-te”, a menos que seja mesmo verdade. Mas se é mesmo verdade, devemos dizer muitas vezes. As pessoas esquecem-se.»
Jessica, 8 anos
E a última?
O autor e conferencista Leo Buscaglia falou de um concurso em que ele teve de ser júri. O objectivo era encontrar a criança mais cuidadosa.
A vencedora foi um rapazinho de quatro anos, cujo vizinho era um velhote que perdera recentemente a sua esposa. Depois de ter visto o senhor a chorar, o menino foi ao quintal do velhote, subiu para o seu colo e sentou-se. Quando a mãe perguntou o que dissera ao vizinho, o rapazinho disse:
“Nada, só o ajudei a chorar”.
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Créditos: Mail MPR
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Fazer falta...
"Vive de modo a que a tua presença não seja notada, mas que a tua ausência seja sentida..."
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Eles andam por aí..... a voar!
Perseguição nos céus
O Expresso passou um dia em missão com a Força Aérea, a bordo de um C-295. A aeronave não respondeu ao controlo aéreo e alterou a rota prevista, sendo escoltada por caças espanhóis, marroquinos e portugueses durante o voo. Tudo não passava de um exercício para testar os meios de prevenção de um possível cenário de pirataria aérea.
http://aeiou.expresso.pt/perseguicao-nos-ceus=f549209
Uma aeronave suspeita sobrevoou espaço aéreo português, espanhol e marroquino sem responder ao controlo de tráfego aéreo, desviando-se da rota prevista. O C-295 da Força Aérea Portuguesa (FAP) foi, por isso, escoltado por caças dos três países até à sua aterragem no Montijo.
O cenário não passava de um exercício coordenado pela FAP, que tinha como objectivo testar os meios de prevenção e resposta em caso de um avião civil ser utilizado como arma num ataque aéreo - exercícios que se passaram a realizar com maior frequência após o 11 de Setembro de 2001, explica o Tenente-Coronel Paulo Gonçalves.
O Expresso acompanhou a equipa da FAP que participou no exercício e observou os acontecimentos a bordo do C-295 que simulou uma aeronave civil. O aparelho descolou de Porto Santo, na ilha da Madeira, às 8 horas; 40 minutos depois abandonou a rota prevista - em vez de se dirigir a Tenerife, sobrevoou as Canárias em direcção à costa de Marrocos.
Avião 'renegade'
Por esta altura, a aeronave portuguesa era considerada de tipo 'renegade' - classificação que é atribuída a um aparelho civil que constitua uma potencial ameaça aérea terrorista. A resposta espanhola demorou cerca de dez minutos, quando um caça F-18 seguiu o avião português, na sua cauda, à distância.
Assim que entrámos em espaço aéreo marroquino, o C-295 passou de imediato a ser escoltado por dois caças F-5, pois os africanos já tinham sido avisados pelo controlo aéreo espanhol, procedimento aliás considerado normal numa situação como esta.
Continuámos a subir a costa marroquina em direcção a Gibraltar e os dois F-5 foram rendidos por dois Mirage F-1, que adoptaram sempre uma escolta de proximidade até a aeronave portuguesa abandonar o espaço aéreo marroquino.
Durante a viagem, que durou cerca de cinco horas e meia, tivemos sempre 'companhia'. À chegada a Gibraltar foi possível avistar, à distância, um caça Eurofighter espanhol. Assim que o C-295 começou a sobrevooar a zona de Faro, dois caças F-16 da FAP seguiram-nos até junto de Sines, onde o exercício foi dado por terminado.
Telefone 'vermelho'
Caso estes acontecimentos não tivessem sido parte de um exercício, a aeronave portuguesa teria sido, certamente, forçada a aterrar pelos caças que a escoltaram. No entanto, se continuasse o comportamento suspeito, seriam feitos os avisos estabelecidos um protocolo escrito entre as entidades aéreas que gerem o espaço aéreo nacional.
Se, mesmo assim, o comportamento suspeito se mantivesse, existe um 'telefone vermelho' na posse do primeiro-ministro de Portugal, e este seria contactado pelo Comando Aéreo da FAP e questionado sobre qual o destino a dar uma aeronave que tenha um comportamento hostil. Só ele, no nosso país, pode dar ordem de abate a uma aeronave civil, explica o Tenente-Coronel Paulo Gonçalves.
Iniciativa 5+5
O exercício foi realizado no dia 11 de Novembro, no âmbito da Iniciativa 5+5, que engloba os países da margem norte e sul do Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Marrocos, França, Itália, Mauritânia, Tunísia, Argélia, Malta e Líbia.
A Força Aérea Portuguesa coordenou o cenário "Este" do exercício, sobre o Oceano Atlântico, enquanto ao mesmo tempo se realizava, sobre o Mar Mediterrâneo, o cenário "Oeste" da missão, com outros países envolvidos.
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Créditos: Expresso Online
O Expresso passou um dia em missão com a Força Aérea, a bordo de um C-295. A aeronave não respondeu ao controlo aéreo e alterou a rota prevista, sendo escoltada por caças espanhóis, marroquinos e portugueses durante o voo. Tudo não passava de um exercício para testar os meios de prevenção de um possível cenário de pirataria aérea.
http://aeiou.expresso.pt/perseguicao-nos-ceus=f549209
Uma aeronave suspeita sobrevoou espaço aéreo português, espanhol e marroquino sem responder ao controlo de tráfego aéreo, desviando-se da rota prevista. O C-295 da Força Aérea Portuguesa (FAP) foi, por isso, escoltado por caças dos três países até à sua aterragem no Montijo.
O cenário não passava de um exercício coordenado pela FAP, que tinha como objectivo testar os meios de prevenção e resposta em caso de um avião civil ser utilizado como arma num ataque aéreo - exercícios que se passaram a realizar com maior frequência após o 11 de Setembro de 2001, explica o Tenente-Coronel Paulo Gonçalves.
O Expresso acompanhou a equipa da FAP que participou no exercício e observou os acontecimentos a bordo do C-295 que simulou uma aeronave civil. O aparelho descolou de Porto Santo, na ilha da Madeira, às 8 horas; 40 minutos depois abandonou a rota prevista - em vez de se dirigir a Tenerife, sobrevoou as Canárias em direcção à costa de Marrocos.
Avião 'renegade'
Por esta altura, a aeronave portuguesa era considerada de tipo 'renegade' - classificação que é atribuída a um aparelho civil que constitua uma potencial ameaça aérea terrorista. A resposta espanhola demorou cerca de dez minutos, quando um caça F-18 seguiu o avião português, na sua cauda, à distância.
Assim que entrámos em espaço aéreo marroquino, o C-295 passou de imediato a ser escoltado por dois caças F-5, pois os africanos já tinham sido avisados pelo controlo aéreo espanhol, procedimento aliás considerado normal numa situação como esta.
Continuámos a subir a costa marroquina em direcção a Gibraltar e os dois F-5 foram rendidos por dois Mirage F-1, que adoptaram sempre uma escolta de proximidade até a aeronave portuguesa abandonar o espaço aéreo marroquino.
Durante a viagem, que durou cerca de cinco horas e meia, tivemos sempre 'companhia'. À chegada a Gibraltar foi possível avistar, à distância, um caça Eurofighter espanhol. Assim que o C-295 começou a sobrevooar a zona de Faro, dois caças F-16 da FAP seguiram-nos até junto de Sines, onde o exercício foi dado por terminado.
Telefone 'vermelho'
Caso estes acontecimentos não tivessem sido parte de um exercício, a aeronave portuguesa teria sido, certamente, forçada a aterrar pelos caças que a escoltaram. No entanto, se continuasse o comportamento suspeito, seriam feitos os avisos estabelecidos um protocolo escrito entre as entidades aéreas que gerem o espaço aéreo nacional.
Se, mesmo assim, o comportamento suspeito se mantivesse, existe um 'telefone vermelho' na posse do primeiro-ministro de Portugal, e este seria contactado pelo Comando Aéreo da FAP e questionado sobre qual o destino a dar uma aeronave que tenha um comportamento hostil. Só ele, no nosso país, pode dar ordem de abate a uma aeronave civil, explica o Tenente-Coronel Paulo Gonçalves.
Iniciativa 5+5
O exercício foi realizado no dia 11 de Novembro, no âmbito da Iniciativa 5+5, que engloba os países da margem norte e sul do Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Marrocos, França, Itália, Mauritânia, Tunísia, Argélia, Malta e Líbia.
A Força Aérea Portuguesa coordenou o cenário "Este" do exercício, sobre o Oceano Atlântico, enquanto ao mesmo tempo se realizava, sobre o Mar Mediterrâneo, o cenário "Oeste" da missão, com outros países envolvidos.
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Créditos: Expresso Online
Rotundas????? Rotundas para quê??!!
Rotundas para quê quando os condutores são bons ?
Se repararem bem, pode-se ver que a imagem está acelarada, mas mesmo assim...
http://www.youtube.com/watch?v=h5_akg167CQ
http://www.youtube.com/watch?v=ebkogYErN3Y
Dá para pensar.... somos mesmo péssimos condutores!!
Se repararem bem, pode-se ver que a imagem está acelarada, mas mesmo assim...
http://www.youtube.com/watch?v=h5_akg167CQ
http://www.youtube.com/watch?v=ebkogYErN3Y
Dá para pensar.... somos mesmo péssimos condutores!!
Florbela Espanca ---- Trocando Olhares
Trocando Olhares
Traço de luz… lá vai! Lá vai! Morreu.
Do nosso amor me lembra a suavidade…
Da estrela não ficou nada no céu
Do nosso sonho em ti nem a saudade!
Pra onde iria a ’strela? Flor fugida
Ao ramalhete atado no infinito…
Que ilusão seguiria entontecida
A linda estrela de fulgir bendito?…
Aonde iria, aonde iria a flor?
(Talvez, quem sabe?… ai quem soubesse, amor!)
Se tu o vires minha bendita estrela
Alguma noite… Deves conhecê-lo!
Falo-te tanto nele!… Pois ao vê-lo
Dize-lhe assim: “Por que não pensas nela?”
Florbela Espanca - Trocando olhares - 29/07/1916
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Créditos: Net
Traço de luz… lá vai! Lá vai! Morreu.
Do nosso amor me lembra a suavidade…
Da estrela não ficou nada no céu
Do nosso sonho em ti nem a saudade!
Pra onde iria a ’strela? Flor fugida
Ao ramalhete atado no infinito…
Que ilusão seguiria entontecida
A linda estrela de fulgir bendito?…
Aonde iria, aonde iria a flor?
(Talvez, quem sabe?… ai quem soubesse, amor!)
Se tu o vires minha bendita estrela
Alguma noite… Deves conhecê-lo!
Falo-te tanto nele!… Pois ao vê-lo
Dize-lhe assim: “Por que não pensas nela?”
Florbela Espanca - Trocando olhares - 29/07/1916
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Créditos: Net
Vulto na sombra
No alto da minha janela..
Janela ninho, triste prisão,
Circula a Lua, a outra Lua...
Sulcando órbitas na escuridão!!
Estrela pequena, porque a persegues??
É meia Lua... que está presente,
Sentes o frio da solidão??
Sentes os dedos na tua mente??
Quando partires dá-me a razão
Sossega a dor... sê compaixão,
Solta um adeus, a ilusão....
Olha de fora.... olha a prisão!!
No alto da minha vidraça
É tudo negro, estrela farol....
Brilhas no breu.. já sem mordaça...
Lua perdida... Lua sem Sol
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Água na Lua - 2
LCROSS NASA Impactos Confirme Água no Lunar Crater Moffett Field, Califórnia - Os dados preliminares da NASA Lunar Crater Observation e de satélite, ou LCROSS, indica a missão com sucesso descobriram água em uma cratera lunar permanentemente sombreadas. A descoberta abre um novo capítulo na nossa compreensão da lua.
A nave espacial LCROSS e um estágio de foguete feito companheiro impactos gêmeos na cratera Cabeus 9 de outubro, que criou uma nuvem de material do fundo de uma cratera que não viu a luz solar em bilhões de anos. A pluma viajou em um ângulo alto para além da borda do Cabeus e na luz do sol, enquanto uma cortina suplementar de detritos foi ejetado mais lateralmente.
"Estamos destravando os mistérios do nosso vizinho mais próximo e, por extensão, o sistema solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da NASA em Washington. "A lua abriga muitos segredos, e LCROSS não adicionou uma nova camada para a nossa compreensão."
Os cientistas têm especulado muito sobre a origem de quantidades significativas de hidrogênio que foram observadas nos pólos lunares. Os resultados LCROSS estão lançando nova luz sobre a questão com a descoberta de água, que poderia ser mais difundido e em maior quantidade do que se suspeitava anteriormente. Se a água que se formou ou depositados há bilhões de anos, estas armadilhas frio polar poderia ser a chave para a história ea evolução do sistema solar, assim como uma amostra do núcleo de gelo na Terra tomadas revela dados antigos. Além disso, água e outros compostos representam recursos potenciais que poderiam sustentar a exploração lunar futura.
Desde que os impactos, a equipe da ciência LCROSS foi analisar a enorme quantidade de dados coletados a nave espacial. A equipa concentrou-se em dados dos espectrômetros do satélite, que fornecem as informações mais definitivas sobre a presença de água. Um espectrômetro de ajuda a identificar a composição dos materiais, examinando a luz que emitem ou absorvem.
"Estamos muito satisfeitos", disse Anthony Colaprete, LCROSS cientista do projeto e principal investigador do Ames Research Center da NASA em Moffett Field, Califórnia "várias linhas de água mostram evidência esteve presente em ambos os pluma de vapor de alto ângulo e da cortina ejecta criado pelo LCROSS impacto Centauro. A concentração e distribuição de água e outras substâncias requer uma análise mais aprofundada, mas é seguro dizer Cabeus prende a água. "
A equipe tomou o conhecido de quase-infravermelho espectral da água e outros materiais e os compararam com os espectros de perto o impacto LCROSS espectrômetro infravermelho recolhidos.
"Fomos capazes de igualar os espectros a partir de dados LCROSS só quando inseridos os espectros de água", disse Colaprete. "Nenhuma outra combinação razoável de outros compostos que nós tentamos condiziam com as observações. A possibilidade de contaminação da Centauro também foi descartada."
A confirmação adicional veio de uma emissão no espectro ultravioleta que foi atribuído a hidroxila, um produto a partir do desmembramento da água pela luz solar. Quando os átomos e moléculas são animado, eles liberam energia em comprimentos de onda específico que pode ser detectado pelo espectrômetros. Um processo similar é utilizado em letreiros de néon. Quando eletrificada, um gás específico irá produzir uma cor distinta. Logo após o impacto, o espectrômetro ultravioleta LCROSS visível detectado assinaturas hidroxila que são consistentes com uma nuvem de vapor de água na luz solar.
Dados do LCROSS outros instrumentos estão sendo analisados em busca de pistas adicionais sobre o estado ea distribuição do material no local do impacto. A equipe da ciência LCROSS e os colegas estão debruçados sobre os dados para compreender o evento de impacto inteiro, desde flash a cratera. O objetivo é entender a distribuição de todos os materiais dentro do solo no local do impacto.
"A compreensão completa dos dados LCROSS pode levar algum tempo. Os dados são de que rico", disse Colaprete. "Junto com a água em Cabeus, há indícios de outras substâncias intrigante. As regiões permanentemente sombreadas da lua são verdadeiramente criogénicos, coleta e preservação de material ao longo de bilhões de anos."
LCROSS foi lançado 18 de junho de Kennedy Space Center, na Flórida como uma missão que acompanha o Lunar Reconnaissance Orbiter ou LRO. Movendo a uma velocidade de mais de 1,5 quilômetros por segundo, o estádio passou superior do seu veículo de lançamento atingiu a superfície lunar, logo após 4h31 PDT 9 de outubro, criando um impacto que os instrumentos a bordo LCROSS observadas durante aproximadamente quatro minutos. LCROSS e depois caiu a superfície em cerca de 4h36
LRO observado o impacto e continua a passar no local para dar à equipe LCROSS esclarecimentos adicionais sobre a mecânica do impacto e suas crateras resultantes. A equipe da ciência LCROSS está trabalhando em estreita colaboração com cientistas da LRO e outros observatórios visto que o impacto para analisar e compreender o escopo completo dos dados LCROSS.
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Tradução automática
Créditos: Nasa
A nave espacial LCROSS e um estágio de foguete feito companheiro impactos gêmeos na cratera Cabeus 9 de outubro, que criou uma nuvem de material do fundo de uma cratera que não viu a luz solar em bilhões de anos. A pluma viajou em um ângulo alto para além da borda do Cabeus e na luz do sol, enquanto uma cortina suplementar de detritos foi ejetado mais lateralmente.
"Estamos destravando os mistérios do nosso vizinho mais próximo e, por extensão, o sistema solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da NASA em Washington. "A lua abriga muitos segredos, e LCROSS não adicionou uma nova camada para a nossa compreensão."
Os cientistas têm especulado muito sobre a origem de quantidades significativas de hidrogênio que foram observadas nos pólos lunares. Os resultados LCROSS estão lançando nova luz sobre a questão com a descoberta de água, que poderia ser mais difundido e em maior quantidade do que se suspeitava anteriormente. Se a água que se formou ou depositados há bilhões de anos, estas armadilhas frio polar poderia ser a chave para a história ea evolução do sistema solar, assim como uma amostra do núcleo de gelo na Terra tomadas revela dados antigos. Além disso, água e outros compostos representam recursos potenciais que poderiam sustentar a exploração lunar futura.
Desde que os impactos, a equipe da ciência LCROSS foi analisar a enorme quantidade de dados coletados a nave espacial. A equipa concentrou-se em dados dos espectrômetros do satélite, que fornecem as informações mais definitivas sobre a presença de água. Um espectrômetro de ajuda a identificar a composição dos materiais, examinando a luz que emitem ou absorvem.
"Estamos muito satisfeitos", disse Anthony Colaprete, LCROSS cientista do projeto e principal investigador do Ames Research Center da NASA em Moffett Field, Califórnia "várias linhas de água mostram evidência esteve presente em ambos os pluma de vapor de alto ângulo e da cortina ejecta criado pelo LCROSS impacto Centauro. A concentração e distribuição de água e outras substâncias requer uma análise mais aprofundada, mas é seguro dizer Cabeus prende a água. "
A equipe tomou o conhecido de quase-infravermelho espectral da água e outros materiais e os compararam com os espectros de perto o impacto LCROSS espectrômetro infravermelho recolhidos.
"Fomos capazes de igualar os espectros a partir de dados LCROSS só quando inseridos os espectros de água", disse Colaprete. "Nenhuma outra combinação razoável de outros compostos que nós tentamos condiziam com as observações. A possibilidade de contaminação da Centauro também foi descartada."
A confirmação adicional veio de uma emissão no espectro ultravioleta que foi atribuído a hidroxila, um produto a partir do desmembramento da água pela luz solar. Quando os átomos e moléculas são animado, eles liberam energia em comprimentos de onda específico que pode ser detectado pelo espectrômetros. Um processo similar é utilizado em letreiros de néon. Quando eletrificada, um gás específico irá produzir uma cor distinta. Logo após o impacto, o espectrômetro ultravioleta LCROSS visível detectado assinaturas hidroxila que são consistentes com uma nuvem de vapor de água na luz solar.
Dados do LCROSS outros instrumentos estão sendo analisados em busca de pistas adicionais sobre o estado ea distribuição do material no local do impacto. A equipe da ciência LCROSS e os colegas estão debruçados sobre os dados para compreender o evento de impacto inteiro, desde flash a cratera. O objetivo é entender a distribuição de todos os materiais dentro do solo no local do impacto.
"A compreensão completa dos dados LCROSS pode levar algum tempo. Os dados são de que rico", disse Colaprete. "Junto com a água em Cabeus, há indícios de outras substâncias intrigante. As regiões permanentemente sombreadas da lua são verdadeiramente criogénicos, coleta e preservação de material ao longo de bilhões de anos."
LCROSS foi lançado 18 de junho de Kennedy Space Center, na Flórida como uma missão que acompanha o Lunar Reconnaissance Orbiter ou LRO. Movendo a uma velocidade de mais de 1,5 quilômetros por segundo, o estádio passou superior do seu veículo de lançamento atingiu a superfície lunar, logo após 4h31 PDT 9 de outubro, criando um impacto que os instrumentos a bordo LCROSS observadas durante aproximadamente quatro minutos. LCROSS e depois caiu a superfície em cerca de 4h36
LRO observado o impacto e continua a passar no local para dar à equipe LCROSS esclarecimentos adicionais sobre a mecânica do impacto e suas crateras resultantes. A equipe da ciência LCROSS está trabalhando em estreita colaboração com cientistas da LRO e outros observatórios visto que o impacto para analisar e compreender o escopo completo dos dados LCROSS.
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Tradução automática
Créditos: Nasa
domingo, 15 de novembro de 2009
Dormir faz bem...
Durma (muito) melhor
Todas as estratégias para um sono perfeito
Apesar de as necessidades específicas de cada indivíduo serem variáveis consoante a idade e a genética, sabe-se que a maioria dos adultos precisa de dormir, em média, oito horas por noite.
No entanto, muitas pessoas pensam que não precisam de tantas horas de repouso e só se apercebem que não estão a descansar o suficiente quando começam... a dormir mais.
Este dado foi comprovado por Stanley Coren, psicólogo da University of British Columbia, em Vancouver, Canadá, quando reuniu um grupo de pessoas a quem chamou declared short sleepers, ou seja, indivíduos que assumiam dormir apenas cinco horas por noite com a convicção de que era o suficiente para se sentirem bem (privação crónica do sono).
Durante a experiência, o grupo foi convidado a descansar num laboratório à prova de som, sem janelas, nem relógios ou televisão. No final, o investigador constatou que todos os participantes, ao não terem contacto com esses indicadores do tempo, dormiam afinal entre nove a dez horas por noite.
Diagnóstico do sono
É provável que, neste momento, se esteja a interrogar se estará ou não a dormir o suficiente. Serene, pois não precisa de pôr em prática a experiência de Stanley Coren para o saber. David Posen, médico e autor de «O Pequeno Livro do Stress» (Lua de Papel) reuniu cinco sintomas que indiciam falta de sono:
Sintoma nº 1: Precisa de despertador para acordar de manhã.
Sintoma nº 2: Acorda cansada, adiando constantemente a hora de se levantar.
Sintoma nº 3: Sente-se ensonada durante o dia ou no caminho para casa.
Sintoma nº 4: Dorme mais quando não tem de acordar cedo na manhã seguinte.
Sintoma nº 5: Adormece em apenas cinco ou dez minutos.
Consequências negativas
O facto de ter identificado um ou mais sintomas apontados anteriormente na sua vida diária significa que muito provavelmente precisa de rever a sua rotina de sono. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a privação do sono provoca cansaço diurno e problemas de concentração, que conduzem a um baixo rendimento escolar e profissional.
Além disso, provoca também sintomas de ansiedade, stress, irritabilidade, depressão e sonolência diurna, responsável por acidentes de trabalho e de viação. O descanso inadequado afecta ainda o sistema imunitário e conduz à hipertensão. A boa notícia é que os problemas de sono têm solução e estão ao alcance de todos.
O papel da melatononina
Provavelmente já ouviu falar deste neurotransmissor que nos ajuda a regular o sono. Os seus níveis elevam-se ao máximo à noite e durante os meses de Inverno. Quando se apagam as luzes, a glândula pineal (existente no cérebro) começa a produzir melatonina, mas à medida que envelhecemos a sua produção diminui.
Esta atinge o seu máximo por volta dos cinco anos, perdendo cerca de 80 por cento dos seus níveis originais ao chegamos aos 60 anos.
Essa é uma das razões por que quando nascemos dormimos 11 a 12 horas por dia e apenas cinco a seis horas a partir dos 60 anos.
Turno da noite
O nosso relógio biológico está preparado para dormir à noite, mas 20 por cento da população dos países industrializados trabalha durante esse período. Se se insere neste grupo, saiba como minimizar os efeitos negativos dos turnos.
No trabalho
- Ouça rádio e exija uma luz brilhante.
- Não permaneça na mesma posição muito tempo, ande e faça alongamentos periodicamente.
- Faça refeições leves e evite bebidas estimulantes.
Depois do trabalho
- Use transportes públicos, tente manter-se acordada e coloque óculos de sol.
- Quando chegar, não se deite logo, descontraia e faça as rotinas pré-sono tal como se fosse o final do dia.
- Feche as portas e as janelas para criar uma escuridão completa e peça para que não a acordem.
- Tente dormir as mesmas horas que dormiria durante a noite.
As condições que deve criar no quarto
Conseguir um quarto que garanta um bom descanso não é, segundo Eduard Estivill e Mirta Averbuch, autores de «Receitas Para Dormir Bem», uma questão de dinheiro ou, pelo menos, este não é o único factor.
«Há quartos de luxo que são frios e pouco acolhedores. E há aqueles que, pela sua simples calidez, convidam a deitar». Com a ajuda destes autores e de Alexandre Saldanha da Gama, consultor de feng shui, tradição milenar chinesa ligada à organização harmoniosa do espaço, ajudamo-la agora a criar um quarto onde vai querer dormir.
A cama ideal
Deve estar a mais de 30 centímetros do chão para assegurar uma ventilação adequada. Quanto ao colchão, encontra modelos de látex, que duram mais tempo sem perder a firmeza, mas são mais caros; os de molas, mais em conta, mas que duram menos; e os de espuma, os mais baratos, mas que são quentes e deformam-se muito antes dos anteriores. A almofada não deve ser muito alta, permitindo-lhe ter o pescoço estendido.
O que diz o feng shui
«Quando estamos deitados devemos controlar todo o espaço. A cama deve estar numa zona resguardada, mas posicionada de forma a vermos a porta», refere Alexandre Saldanha da Gama.
Mobiliário & decoração
Reduza o mobiliário ao indispensável, isto é, cama, mesa-de-cabeceira, um candeeiro pequeno, cómoda e roupeiro. Retire do quarto o televisor, a aparelhagem, os aparelhos de ginástica e todos os objectos que a ligam ao escritório e que a distraem.
«Prefira os materiais naturais, como a madeira (que têm um padrão energético parecido com o nosso) e as formas horizontais e arredondadas, de modo a promover a tranquilidade», diz o especialista.
Luz e cor
Para dormir é recomendável haver escuridão completa. Uma cortina grossa ou uma persiana mitigam a claridade. As pessoas mais sensíveis à luz podem ainda recorrer a uma venda para os olhos.
«As cores da parede devem ser suaves, dentro dos tons terra (beges, amarelados, cor de pêssego, salmão) ou em verdes suaves para promover o conforto e a segurança», afirma Alexandre Saldanha da Gama.
Temperatura e som ambiente
A temperatura ideal para o quarto situa-se entre os 18 e os 22 graus. A ausência de barulho ajuda a conciliar e a manter um sono reparador. Para reduzir o ruído existem várias soluções, desde os tampões para os ouvidos, até ao uso de cortinas e tapetes grossos, vidros duplos e placas anti-ruído nas paredes.
«O ideal é não precisar de aparelhos electromagnéticos para regular a temperatura do quarto, apostando na boa qualidade de construção.
O ar condicionado seca o ar e torna-o artificial ao produzir iões positivos, algo que nos cansa imenso. Por seu lado, as plantas e a roupa lavada promovem os iões negativos, muito agradáveis e saudáveis para nós», assegura o consultor.
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Créditos: Vanda Oliveira e Rita Caetano – SapoMulher Online
Outras formas de acordar..... com agenda!!!!
Fotos: Net
sábado, 14 de novembro de 2009
Icebergues de viagem...
Vinte icebergues da Antárctida a caminho da Nova Zelândia
Os cientistas da pequena ilha Macquarie estão com os olhos postos no oceano Pacífico. Pelo menos 20 icebergues, com extensões entre os 50 metros e os dois quilómetros, dirigem-se do Norte da Antárctida para a Nova Zelândia.
Há uma semana, os cientistas do programa polar australiano nem queriam acreditar no que viam, quando um bloco de gelo foi avistado a oito quilómetros da ilha. Tinha 50 metros de altura e 500 de comprimento.
Dean Miller, biólogo australiano do programa polar, foi o primeiro a avistar o icebergue. "Nunca tinha visto nada igual. Olhei para o horizonte e vi uma enorme ilha de gelo a fluturar", contou ao jornal "The Guardian".
Desde então, mais icebergues têm-se aproximado da ilha, flutuando ao sabor das correntes. Nas últimas 24 horas foram avistados pelo menos quatro, com extensões entre os 50 metros e os dois quilómetros.
O glaciologista daquele programa, Neal Young, afirma que existem pelo menos 20 icebergues em redor da ilha. É raro que estes blocos de gelo subam tanto para Norte e entrem em águas menos frias, salienta. "Das imagens de satélite podemos observar um grupo de icebergues, abrangendo uma área com cerca de mil por 700 quilómetros, distanciando-se da Antárctida com a corrente oceânica", lê-se num comunicado. O especialista acredita que estes icebergues são fragmentos recentes de um enorme bloco que se separou há nove anos da plataforma de gelo Ross.
O responsável pela estação na ilha, Cyril Munro, diz que esta tem sido uma semana excitante para os cientistas. "Todos têm os olhos postos no horizonte". Os cientistas que trabalham na ponta mais a Sul da ilha "ficaram espantados por verem aqui um icebergue com dois quilómetros", acrescentou. Os blocos de gelo deverão continuar para Norte e Este, em direcção à Nova Zelândia.
Gelos na Gronelândia também trazem novidades
Icebergues a caminho da Nova Zelândia são um cenário que poderá dar novos argumentos para as negociações climáticas na cimeira de Copenhaga, em Dezembro. Mas a verdade é que a Antárctida não tem a exclusividade nestas questões.
Ontem, a revista "Science" revela que o gelo da Gronelândia está a desaparecer mais depressa do que nunca. De 2006 a 2008, Verões mais quentes do que o costume elevaram o degelo a um ritmo sem precedentes, com uma perda anual de 273 quilómetros cúbicos, concluiu a investigação, que recorreu a imagens de satélite e a um modelo atmosférico regional.
A camada de gelo da Gronelândia contém água suficiente para causar uma subida média do nível do mar de sete metros, afirma aquela universidade. Desde 2000, a camada de gelo perdeu cerca de 1500 quilómetros cúbicos, o que representa uma subida de cinco milímetros.
"A perda de massa na Gronelândia tem vindo a acelerar desde o final da década de 90 e as causas do fenómeno sugerem que esta seja uma tendência para continuar num futuro próximo", lê-se num comunicado assinado por Jonathan Bamber, um investigador da Universidade de Bristol que participou no estudo.
Segundo os investigadores (das universidades de Utrecht, Delf e Bristol; do Instituto de Investigação Marinha e Atmosférica; do Real Instituto de Meteorologia da Holanda; e o Jet Propulsion Laboratory), esta perda de massa gelada explica-se com o aumento do degelo à superfície e com o facto de os glaciares estarem a dirigir-se mais rapidamente para o oceano.
Até 2100, o nível médio do mar deverá subir entre 28 e 43 centímetros, estima o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas.
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Créditos: Publico online -Helena Geraldes
Água na Lua
NASA: há água na Lua!
Sonda encontrou quantidades «significativas» de água congelada
A NASA descobriu quantidades «significativas» de água congelada na Lua, anunciou esta sexta-feira um responsável da agência espacial norte-americana, citado pela Lusa.
No passado dia 9 de Outubro, a NASA lançou uma sonda para procurar vestígios de água na superfície lunar.
A sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) embateu próximo da cratera Cabeus, situada no pólo sul da Lua, local que os cientistas julgavam com mais hipóteses de conter vestígios de água.
Antes da sonda, a agência espacial lançou um projéctil com cerca de duas toneladas contra a Lua.
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Créditos: IOL net
Sonda encontrou quantidades «significativas» de água congelada
A NASA descobriu quantidades «significativas» de água congelada na Lua, anunciou esta sexta-feira um responsável da agência espacial norte-americana, citado pela Lusa.
No passado dia 9 de Outubro, a NASA lançou uma sonda para procurar vestígios de água na superfície lunar.
A sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) embateu próximo da cratera Cabeus, situada no pólo sul da Lua, local que os cientistas julgavam com mais hipóteses de conter vestígios de água.
Antes da sonda, a agência espacial lançou um projéctil com cerca de duas toneladas contra a Lua.
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Créditos: IOL net
Veneza de luto.....
Foto@EPA/Andrea Merola
Os cidadãos de Veneza simulam um funeral para a cidade, para destacar a diminuição drástica da população. Três gôndolas escoltaram um caixão ao longo dos canais mais famosos num lamento simbólico para o declínio de uma cidade próspera. Na década de 1950 havia cerca de 300.000 venezianos, mas os estudos mais recentes dizem que a população diminuiu para 60.000.
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Créditos: Sapo net
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
OVNIS EM PORTUGAL
Extraterrestres
Cientistas revelam tudo sobre óvnis em Portugal
Nova antologia nacional sobre óvnis é apresentada hoje no Porto e desvenda casos e mitos em 19 artigos científicos
Alfena, Valongo, 10 de Setembro de 1990. Eram 08h30. Um grupo de crianças vê um "balão" no céu. Uma testemunha fala de uma "tartaruga com pernas". Um fotógrafo profissional, morador no local, tira quatro fotos ao objecto. Chamam-lhe óvni. As imagens são analisadas por especialistas europeus e chegam aos Estados Unidos. Nunca se conseguiu perceber o que cruzou os céus da pequena vila no distrito do Porto. Dos 700 relatos de óvnis e extraterrestres em Portugal no século xx, são menos de 20 os que continuam sem explicação. O de Alfena é um deles.
A antologia portuguesa sobre o trabalho de investigação em torno de avistamentos é apresentada hoje no simpósio "A Humanidade e o Cosmos", na Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto. Joaquim Fernandes, do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da UFP, organizou o livro, que reúne 19 artigos científicos de áreas como a física, a psicologia e a antropologia. "Mito em progresso" é a expressão utilizada para descrever um fenómeno em que muitas vezes as testemunhas garantem sofrer efeitos físicos, como suores e perturbações de visão, mas também sentimentos tão díspares como terror e alegria.
"Até à década de 1970, a investigação era feita por reconstituição de experiências e memórias passadas publicadas, ou então por contacto voluntário das testemunhas com os investigadores. A partir dessa época, com o aparecimento de grupos de estudo no nosso país, foi possível fazer uma intervenção no local e tempo imediatos", explica Joaquim Fernandes.
Nas últimas décadas foram criados no país quatros centros de investigação dedicados ao estudo dos fenómenos de óvnis ou insólitos. À margem da ciência habitual, os grupos de investigadores procuravam testemunhas de avistamentos e pediam esboços das visões, além do preenchimento de um questionário.
No novo livro são relatadas algumas das investigações que desmancharam mitos locais. Um avistamento em Marvão terá sido confundido com uma embalagem de plástico levada pelo vento, explica um dos artigos, que mostra como é feita a análise fotográfica de "objectos aéreos insólitos". Porém, há imagens que mesmo depois de analisadas não permitem chegar a qualquer conclusão.
Segundo Joaquim Fernandes, apesar de alguns desenhos apontarem para imagens religiosas, as crenças raramente são referidas como tendo ligação com as experiências relatadas. "Já crenças noutras formas de vida no universo aparecem com bastante frequência associadas aos comentários das testemunhas." Para avaliar a relação entre as crenças e os avistamentos está a ser preparado um inquérito exclusivamente entre a população estudantil. A análise cruza dados de 1908 a 2000.
Joaquim Fernandes diz que o observador é, regra geral, do sexo masculino e tem em média 30 anos. Porto e Lisboa registam a maioria dos avistamentos - 22,5% e 14,8% respectivamente. Faro é o terceiro distrito, com 8,2%. A maioria acontece à noite, entre as 19 e as 23 horas.
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Créditos: Jornal I - Marta F. Reis, Publicado em 13 de Novembro de 2009
Cientistas revelam tudo sobre óvnis em Portugal
Nova antologia nacional sobre óvnis é apresentada hoje no Porto e desvenda casos e mitos em 19 artigos científicos
Alfena, Valongo, 10 de Setembro de 1990. Eram 08h30. Um grupo de crianças vê um "balão" no céu. Uma testemunha fala de uma "tartaruga com pernas". Um fotógrafo profissional, morador no local, tira quatro fotos ao objecto. Chamam-lhe óvni. As imagens são analisadas por especialistas europeus e chegam aos Estados Unidos. Nunca se conseguiu perceber o que cruzou os céus da pequena vila no distrito do Porto. Dos 700 relatos de óvnis e extraterrestres em Portugal no século xx, são menos de 20 os que continuam sem explicação. O de Alfena é um deles.
A antologia portuguesa sobre o trabalho de investigação em torno de avistamentos é apresentada hoje no simpósio "A Humanidade e o Cosmos", na Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto. Joaquim Fernandes, do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da UFP, organizou o livro, que reúne 19 artigos científicos de áreas como a física, a psicologia e a antropologia. "Mito em progresso" é a expressão utilizada para descrever um fenómeno em que muitas vezes as testemunhas garantem sofrer efeitos físicos, como suores e perturbações de visão, mas também sentimentos tão díspares como terror e alegria.
"Até à década de 1970, a investigação era feita por reconstituição de experiências e memórias passadas publicadas, ou então por contacto voluntário das testemunhas com os investigadores. A partir dessa época, com o aparecimento de grupos de estudo no nosso país, foi possível fazer uma intervenção no local e tempo imediatos", explica Joaquim Fernandes.
Nas últimas décadas foram criados no país quatros centros de investigação dedicados ao estudo dos fenómenos de óvnis ou insólitos. À margem da ciência habitual, os grupos de investigadores procuravam testemunhas de avistamentos e pediam esboços das visões, além do preenchimento de um questionário.
No novo livro são relatadas algumas das investigações que desmancharam mitos locais. Um avistamento em Marvão terá sido confundido com uma embalagem de plástico levada pelo vento, explica um dos artigos, que mostra como é feita a análise fotográfica de "objectos aéreos insólitos". Porém, há imagens que mesmo depois de analisadas não permitem chegar a qualquer conclusão.
Segundo Joaquim Fernandes, apesar de alguns desenhos apontarem para imagens religiosas, as crenças raramente são referidas como tendo ligação com as experiências relatadas. "Já crenças noutras formas de vida no universo aparecem com bastante frequência associadas aos comentários das testemunhas." Para avaliar a relação entre as crenças e os avistamentos está a ser preparado um inquérito exclusivamente entre a população estudantil. A análise cruza dados de 1908 a 2000.
Joaquim Fernandes diz que o observador é, regra geral, do sexo masculino e tem em média 30 anos. Porto e Lisboa registam a maioria dos avistamentos - 22,5% e 14,8% respectivamente. Faro é o terceiro distrito, com 8,2%. A maioria acontece à noite, entre as 19 e as 23 horas.
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Créditos: Jornal I - Marta F. Reis, Publicado em 13 de Novembro de 2009
Universal, mas com débitos vocabulares..
Dez palavras que fazem muita falta à língua inglesa
Um site americano compilou as dez palavras estrangeiras que fazem falta à língua inglesa. A primeira é bem portuguesa: desenrascanço. Mais do que uma palavra, é toda uma cultura.
"Dar uma de MacGyver". Quando pensam nessa arte de desencantar uma solução de última hora até para o problema mais previsível, os americanos lembram essa mítica personagem dos anos 1980/90, capaz de enfrentar o mundo com o seu canivete suíço.
Olhando para o dicionário, não encontram uma palavra que melhor defina essa habilidade de desafiar a preparação prévia. Mas se pudessem socorrer-se de outra língua, encontrá-la-iam no Português: desenrascanço. A capacidade de se desembaraçar, de se livrar de apuros. A arte da solução de último minuto. Mais que uma palavra, toda uma cultura.
Se os americanos pudessem escolher, o desenrascanço português seria a próxima palavra a entrar para o vocabulário da língua inglesa. Isso pelo menos a acreditar no site humorístico cracked.com , que compilou as "10 Palavras Estrangeiras Mais Fixes Que a Língua Inglesa Precisa".
A lista foi elaborada com base na leitura de algumas obras sobre as palavras mais intrigantes do planeta, incluindo "The Meaning of Tingo: And Other Extraordinaire Words From Around the World" ("O Significado de Tingo: E Outras Palavras Extraordinárias de Todo o Mundo", numa tradução literal), um livro inspirado talvez na excentricidade do nome do próprio autor: Adam Jacot de Boinod.
"Tingo", a palavra escolhida para o título, ocupa o 2.º lugar da lista do cracked.com. No idioma rapa nui da Ilha de Páscoa significa "pedir emprestados a um amigo todos os objectos que lhe cobiçamos até não lhe sobrar mais nenhum". Em português seria uma espécie de "dá-se-lhe uma mão, quer logo o braço". Um amigo da onça.
"Shlimazl" ou uma vida que dava um filme indiano
Outro hábito irritante é o de sermos interrompidos quando estamos a meio de uma refeição, seja pela empresa de sondagens que nos liga para o telemóvel, pelo vizinho que bate à porta para pedir algo emprestado ou pelo indiano que, no restaurante, insiste que compremos uma flor para a companhia de ocasião. Um hábito tão irritante merece uma palavra à altura e os escoceses não fizeram por menos: chamam-lhe "sgiomlaireachd" em gaélico escocês. Se os americanos não a conseguirem pronunciar (alguém conseguirá?) emprestamos-lhes o nosso "empata".
Claro que a maioria de nós, colocados perante uma destas situações, dificilmente verbalizaríamos essa palavra, fosse em português, inglês ou gaélico escocês. É o filtro do politicamente correcto. Os japoneses têm para isso duas palavras, "honne" e "tatemae", que representam a diferença entre aquilo em que realmente pensamos e aquilo que dizemos.
Lembram-se do famoso sketch dos Gato Fedorento em que o Sr. Aniceto, criado por Ricardo Araújo Pereira, conta um episódio da sua vida que dava um filme indiano? É a história de um homem que, após sair de casa de manhã, é raptado por quatro indivíduos encapuzados que o espancam numa mata, mais tarde violado por três lenhadores e depois por um urso, perde uma perna numa armadilha e, de regresso a casa, descobre que o "maricas" do filho se inscreveu nos escuteiros.
Uma sucessão épica de azares que a língua ídiche resume numa palavra: "shlimazl". Ocupa o 5.º lugar das palavras de língua estrangeira mais cobiçadas pelos americanos.
"Bakku-shan" ou a bela que afinal é um monstro
Esta sucessão épica de azares poderia incluir conhecer uma rapariga que, vista de costas, nos desperta todas as fantasias mas que, mal lhe conhecemos a cara, nos lembra um cruel pesadelo. Os japoneses chamam-lhe "Bakku-shan".
Claro que, mesmo nestes casos, aconselha a boa educação que não verbalizemos a nossa desilusão. Caso contrário, podemos ser acusados pelos coreanos de ter falta de "nunchi", ou seja, o sentido do socialmente correcto. Estaríamos então a meio caminho de nos tornar um "backpfeifengesicht", que na língua alemã significa alguém a precisar de levar um murro na cara.
Para quem recusa a violência, as palavras podem ser a melhor arma. Mas quantas vezes não tivemos a resposta pronta debaixo da língua para só nos lembramos dela quando o alvo já ia longe? Os franceses chamam a isso "espirit d'escalier".
Se acha que isso é mau, imagine estar perante alguém que o atrai e não ter coragem de lhe dizer? E imagine que do outro lado está alguém tímido e inseguro como você. Desejando-se mutuamente mas sem conseguirem arriscar. A isso se chama "mamihlapinatapai" na língua dos índios Yamana, da Terra do Fogo (Chile e Argentina).
A palavra é complexa e difícil de traduzir, mas é também, segundo o Livro de Recordes do Guiness, a palavra mais sucinta do mundo. Define "um olhar partilhado por duas pessoas em que ambas desejam que a outra inicie algo que ambos querem mas que nenhum quer começar". Falta-lhes...desenrascanço, é o que é.
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Créditos: Nelson Marques (www.expresso.pt)
Um site americano compilou as dez palavras estrangeiras que fazem falta à língua inglesa. A primeira é bem portuguesa: desenrascanço. Mais do que uma palavra, é toda uma cultura.
"Dar uma de MacGyver". Quando pensam nessa arte de desencantar uma solução de última hora até para o problema mais previsível, os americanos lembram essa mítica personagem dos anos 1980/90, capaz de enfrentar o mundo com o seu canivete suíço.
Olhando para o dicionário, não encontram uma palavra que melhor defina essa habilidade de desafiar a preparação prévia. Mas se pudessem socorrer-se de outra língua, encontrá-la-iam no Português: desenrascanço. A capacidade de se desembaraçar, de se livrar de apuros. A arte da solução de último minuto. Mais que uma palavra, toda uma cultura.
Se os americanos pudessem escolher, o desenrascanço português seria a próxima palavra a entrar para o vocabulário da língua inglesa. Isso pelo menos a acreditar no site humorístico cracked.com , que compilou as "10 Palavras Estrangeiras Mais Fixes Que a Língua Inglesa Precisa".
A lista foi elaborada com base na leitura de algumas obras sobre as palavras mais intrigantes do planeta, incluindo "The Meaning of Tingo: And Other Extraordinaire Words From Around the World" ("O Significado de Tingo: E Outras Palavras Extraordinárias de Todo o Mundo", numa tradução literal), um livro inspirado talvez na excentricidade do nome do próprio autor: Adam Jacot de Boinod.
"Tingo", a palavra escolhida para o título, ocupa o 2.º lugar da lista do cracked.com. No idioma rapa nui da Ilha de Páscoa significa "pedir emprestados a um amigo todos os objectos que lhe cobiçamos até não lhe sobrar mais nenhum". Em português seria uma espécie de "dá-se-lhe uma mão, quer logo o braço". Um amigo da onça.
"Shlimazl" ou uma vida que dava um filme indiano
Outro hábito irritante é o de sermos interrompidos quando estamos a meio de uma refeição, seja pela empresa de sondagens que nos liga para o telemóvel, pelo vizinho que bate à porta para pedir algo emprestado ou pelo indiano que, no restaurante, insiste que compremos uma flor para a companhia de ocasião. Um hábito tão irritante merece uma palavra à altura e os escoceses não fizeram por menos: chamam-lhe "sgiomlaireachd" em gaélico escocês. Se os americanos não a conseguirem pronunciar (alguém conseguirá?) emprestamos-lhes o nosso "empata".
Claro que a maioria de nós, colocados perante uma destas situações, dificilmente verbalizaríamos essa palavra, fosse em português, inglês ou gaélico escocês. É o filtro do politicamente correcto. Os japoneses têm para isso duas palavras, "honne" e "tatemae", que representam a diferença entre aquilo em que realmente pensamos e aquilo que dizemos.
Lembram-se do famoso sketch dos Gato Fedorento em que o Sr. Aniceto, criado por Ricardo Araújo Pereira, conta um episódio da sua vida que dava um filme indiano? É a história de um homem que, após sair de casa de manhã, é raptado por quatro indivíduos encapuzados que o espancam numa mata, mais tarde violado por três lenhadores e depois por um urso, perde uma perna numa armadilha e, de regresso a casa, descobre que o "maricas" do filho se inscreveu nos escuteiros.
Uma sucessão épica de azares que a língua ídiche resume numa palavra: "shlimazl". Ocupa o 5.º lugar das palavras de língua estrangeira mais cobiçadas pelos americanos.
"Bakku-shan" ou a bela que afinal é um monstro
Esta sucessão épica de azares poderia incluir conhecer uma rapariga que, vista de costas, nos desperta todas as fantasias mas que, mal lhe conhecemos a cara, nos lembra um cruel pesadelo. Os japoneses chamam-lhe "Bakku-shan".
Claro que, mesmo nestes casos, aconselha a boa educação que não verbalizemos a nossa desilusão. Caso contrário, podemos ser acusados pelos coreanos de ter falta de "nunchi", ou seja, o sentido do socialmente correcto. Estaríamos então a meio caminho de nos tornar um "backpfeifengesicht", que na língua alemã significa alguém a precisar de levar um murro na cara.
Para quem recusa a violência, as palavras podem ser a melhor arma. Mas quantas vezes não tivemos a resposta pronta debaixo da língua para só nos lembramos dela quando o alvo já ia longe? Os franceses chamam a isso "espirit d'escalier".
Se acha que isso é mau, imagine estar perante alguém que o atrai e não ter coragem de lhe dizer? E imagine que do outro lado está alguém tímido e inseguro como você. Desejando-se mutuamente mas sem conseguirem arriscar. A isso se chama "mamihlapinatapai" na língua dos índios Yamana, da Terra do Fogo (Chile e Argentina).
A palavra é complexa e difícil de traduzir, mas é também, segundo o Livro de Recordes do Guiness, a palavra mais sucinta do mundo. Define "um olhar partilhado por duas pessoas em que ambas desejam que a outra inicie algo que ambos querem mas que nenhum quer começar". Falta-lhes...desenrascanço, é o que é.
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Créditos: Nelson Marques (www.expresso.pt)
Eólica no mar
Eólica flutuante vai ser testada em Portugal
Assenta numa estrutura metálica triangular gigantesca, construída segundo os princípios usados nas plataformas petrolíferas. É arrastada para o alto mar, estabilizada e ancorada para ficar totalmente segura. Vai ser testada na costa portuguesa.
http://aeiou.expresso.pt/eolica-flutuante-vai-ser-testada-em-portugal=f547101
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Créditos: Vitor Andrade (www.expresso.pt)
Assenta numa estrutura metálica triangular gigantesca, construída segundo os princípios usados nas plataformas petrolíferas. É arrastada para o alto mar, estabilizada e ancorada para ficar totalmente segura. Vai ser testada na costa portuguesa.
http://aeiou.expresso.pt/eolica-flutuante-vai-ser-testada-em-portugal=f547101
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Créditos: Vitor Andrade (www.expresso.pt)
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Energia Positiva.... o respirar da alma
Rir é o melhor remédio
Juntámos um improvável grupo de conselheiros para nos ajudar (e a si também) a potenciar a energia positiva. Deixamos-lhe uma dezena de ideias
Rir aumenta a nossa energia física e a nossa energia emocional, que ninguém duvide disto! "O homem é o único animal que ri, temos uma ferramenta poderosa que nos ajuda a viver bem, a trabalhar melhor, a sermos mais criativos e flexíveis. O riso mata o medo, propicia a generosidade e quando rimos temos mais entusiasmo de seguir nossos caminhos", garante o actor/formador Raul de Orofino, que há 30 anos vem trabalhando, em bem humoradas acções de formação, a consciência do riso. "Casamentos onde os parceiros riem juntos, durarão muito mais do que outros em que as pessoas não riem", sublinha. O humorista conta ainda que muitos hospitais no mundo aplicam terapias de humor para pacientes com cancro e com sida e a sobrevida deles aumenta." É por isso que rir é "muito mais sério do que todos pensamos." E ter bom humor não significa ter de contar uma piada todos os dias. "Começa pelo facto de se valorizar o facto de estar vivo hoje." As crianças, segundo a medicina, riem de 300 a 400 vezes por dia, os adultos de 15 a 30 vezes, no máximo. Temos muito que trabalhar! Raul de Orofino (humorista/formador)
Fé e a alegria de viver
"A fé é a energia mais positiva que me revelou o sentido do meu viver". Numa frase, curta em dimensão, longa em alcance, o padre Borga diz como a fé é a fonte da maior energia: a do Amor. Esta energia é a alegria de viver, "não só quando a vida nos corre ao jeito mas quando caminhamos ao jeito próprio da vida - mesmo que, muitas vezes, não entendamos tudo de forma fácil." "Não haverá energia mais positiva do que aquela que brota de nos sabermos amados para aprendermos a amar. Só que esta energia só se recebe na justa medida em que se oferece a quem dela mais precisa." José Borga garante que, pode até parecer, mas, "ter fé" não é difícil: "Começa por uma pequena dose. Mas se a alimentamos ela cresce e fortalece-se, deixando de ser um entusiasmo superficial, uma memória longínqua (infantil), ou um apelo vago e difuso." Aumentamos a nossa fé, desde logo, "identificando e assumindo muitos dos nossos limites, pessoais e comunitários, para, por eles e com eles, aprendermos a caminhar mais e melhor!" Padre José Borga
Ioga, a bem aventurança
Quem pensa praticar ioga (uma filosofia, não uma terapia) não espere que lhe seja apresentada uma lista de benefícios à cabeça. No entanto, "eles ocorrem, consequências da vivência dessa prática", explica Sónia Monteiro, profissional desta área e que leva nove anos de ioga. Através, sobretudo, da meditação, "conseguimos um estado expandido de consciência, um autoconhecimento, associado a um bem-estar, alegria sincera, energia positiva." Pois... a questão é que fomos treinados a pensar e parece improvável parar de pensar. Basta disciplina e constância para que a técnica funcione: temos que saturar o pensamento com um mesmo estímulo (uma imagem, um som) até que a mente pare. Ela dispersará várias vezes. O trabalho é retomar o estímulo as vezes que for necessário. Chegará um momento em que já se meditará. É que a mente dá significado a tudo o que os sentidos percepcionam. Quando olhamos uma flor, a memória categoriza tudo: cor, formato, cheiro, etc. Mas se a mente pára, a percepção do objecto no qual se concentra não é baseada na experiência sensorial mas noutro tipo de percepção mais abrangente sem limites de tempo, espaço ou memória. Essa existência pode ser percebida por um outro órgão perceptivo que nos humanos está pouco desenvolvido e que, uma vez em funcionamento, permite perceber a "existência" daquilo que nos cerca e de nós mesmos sem a influência dos sentidos, lógica e razão. Isso é meditar. "O estado da bem-aventurança." Sónia Monteiro (profissional de Ioga, Método DeRose)
A força das cores
Roupa vermelha estimula a vitalidade - "infuencia o sistema circulatório e transmite energia" -, enquanto o amarelo influencia o sistema nervoso e favorece a boa disposição - "ajuda a ultrapassar problemas de fadiga e stresse". Já o verde "ajuda a encontrar equilíbrio emocional, fomentando a sociabilidade." Estas são algumas convicções da cromoterapia, terapêutica que usa as propriedades das cores para alcançar o equilíbrio energético da mente e das emoções. Esta terapia tem como base as sete cores do arco-íris, sendo que cada cor tem características específicas e funções distintas a exercer no corpo humano. Também os cristais têm poder sobre a nossa vida, porque possuem "uma energia vibracional tão forte que, ao serem colocados num determinado ambiente, transmitem um raio que é absorvido pelo organismo, desbloqueiam os chakras (os sete centros de energia existentes no corpo humano) e harmonizam as energias", garante a especialista. Cada cristal tem uma função de acordo com o seu tamanho e cor. O ónix, por exemplo, é um poderoso escudo protector que afasta as energias negativas e promove a paz interior. Convém trazer sempre um connosco, até porque no emprego também fará falta: os locais de trabalho apresentam uma maior concentração de energia negativa, já que lá se encontram personalidades diversas. Com as tensões e o stresse presentes há um desequilíbrio de energias criador de conflitos. Os cristais contribuem para equilibrar o ambiente e manter a energia positiva "num padrão vibracional elevado." Maria Helena (especialista em temas esotéricos)
Organizar a casa segundo feng shui
Está a ver aquele cabide atrás da porta impedindo-a de abrir totalmente? Tire-o já dali! As portas de uma casa têm de abrir livremente, defende o Feng Shui - filosofia oriental milenar segundo a qual a forma como decoramos o lar pode (ou não) ajudar a atrair energia positiva. Maria Helena, especialista em temas esotéricos, lembra que "há pessoas que se sentem desmotivadas e isto pode acontecer porque alguma coisa está a impedir a energia de circular em casa, o que provoca bloqueios energéticos". No Feng Shui existe o Chi, a energia positiva e o Shar a energia negativa e, para ambientes saudáveis, é necessário que haja equilíbrio e que o Chi circule livremente. Limpar os cantos da casa, deitar fora o que estiver partido, não acumulando mais do que é necessário, usar um candeeiro para iluminar um canto escuro aumenta a energia positiva. Mas ter televisão no quarto é proibido, a menos que lhe coloque um pano por cima antes de dormir. Assim, "não terá efeitos tão negativos". Maria Helena (socióloga e especialista em temas esotéricos)
Música na alma
"Música, eu nasci prà música, para te ver sorrir e a sonhar, e se escutares com atenção tens o bater do teu coração, na minha música..." É da música que vem boa parte da nossa energia positiva. O poder da música é "o de alienar as pessoas, sugerir-lhes o sonho". Quando escreve, toca ou canta, José Cid sabe que estes sons melodiosos "vão directamente dos nossos ouvidos para dentro da nossa alma", essa entidade abstracta, grande criadora de energia. Uma melodia ajuda a "recarregar baterias, a esquecer e a apagar as chatices do trabalho, as péssimas notícias do jornal e, desse ponto de vista, cria a energia positiva que nos ajuda a enfrentar o que há de menos bom, areja a cabeça e as ideias". Pop, rock, de fusão, clássica, ao estilo de quem a ouve, trauteia, toca ou dança, funciona como "um fantástico escape ao dia-a-dia", sendo, por isso, "louvável e recomendável", consumi-la em todos os lugares, a qualquer hora, diariamente. José Cid (músico)
Nos caminhos do Oriente
Atingir o bem-estar de corpo e alma são o fim comum de terapias orientais como o Reiki, o Shiatsu, a Tui Na, procuradas de forma crescente porque num curto espaço de tempo (60 minutos) oferecem sensações de leveza, tranquilidade, paz interior e de boa energia. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, para além dos órgãos e todos os sistemas, o corpo é percorrido por canais chamados meridianos, onde circula a energia (Qi). Estas terapias visam ultrapassar as perturbações na circulação do Qi, baseando-se, sobretudo, na pressão do toque nos pontos energéticos (os sete chakras). Com mais de 3000 mil anos, a massagem Tui Na é "um poderoso método para restabelecer o equilíbrio, manter longe a doença e assim podermos estar bem connosco e com os outros", garante o terapeuta Telmo Esteves. O Reiki, ou Energia Universal, repõe as energias onde faltam (nos chakras), retira as energias negativas, o stresse, o cansaço físico e emocional, sublinha Flávia Corrêa. Já o Shiatsu, "ajuda a regular as funções do sistema nervoso, dando uma sensação de espírito renovado, retirando o stresse e a baixa auto-estima". Flávia Corrêa garante que, no final de uma destas sessões, "as pessoas estão mais leves, tranquilas e sem a sensação de 'peso' nas costas." Flávia Corrêa (Intuition Chiado) e Telmo Esteves (Clínica Meihua)
Agradecer as bençãos de cada dia
Talvez a falta de prática nos impossibilite saber como a gratidão proporciona um enorme incremento de bem-estar. Ser-se grato é um conceito recentemente estudado pela Psicologia Positiva, corrente da Psicologia que se interessa não apenas pelos aspectos negativos do funcionamento humano, mas também pela forma de potenciar os positivos. Gabriela de Abreu, fundadora da Associação Portuguesa de Estudos e Intervenção em Psicologia Positiva, aconselha vivamente o exercício das três bênçãos diárias. No fim de cada dia, registarmos três coisas pelas quais estamos gratos. Não precisam de ser grandes acontecimentos ou conquistas, podem ser as mais pequenas coisas: o olhar a linha do horizonte à beira-mar e respirar fundo, o sorriso dos filhos, um almoço agradável com um amigo. Robert Emmons, especialista norte-americano na área, chama a isto "querer-se aquilo que se tem". Num mundo dominado pelo querer sempre mais, é incrível que se possa aumentar os níveis de bem-estar (e da tal energia positiva) com o simples reconhecimento do que já se tem. "Quando peço este exercício nas conferências que dou pelo país, muitas pessoas parecem verdadeiramente destreinadas, mas é fascinante ver a transformação que se opera passados alguns minutos: muitas, em vez de agradecerem três coisas, agradecem oito, dez! E quando se comprometem a fazer o exercício em casa, diariamente, mais tarde vêm revelar que isso as ajudou a ver a quantidade de bênçãos que o seu dia-a-dia contém, não obstante o muito que ainda possam querer conquistar." Gabriela de Abreu (fundadora da Associação Portuguesa de Estudos e Intervenção em Psicologia Positiva)
Mexa-se pela sua felicidade
O desporto em sentido lato, e o de competição em particular, cria paixão, disciplina, coragem e resiliência. É por isso que a energia positiva que o desporto gera - para além dos evidentes benefícios para a saúde - têm também uma influência extradesporto: "A maioria dos atletas formados no Algés têm tido carreiras profissionais assinaláveis nas mais variadas áreas", conta Isabel Ribeiro, presidente do Sport Algés e Dafundo (fundado em 1915). Exemplifica: na equipa sénior feminina de basquetebol (uma das melhores do país) há uma professora, uma advogada e uma médica. Daí que a primeira mulher presidente do SAD, jurista de formação e há anos praticante de natação, lembre que encontrar tempo para praticar desporto é "absolutamente vital e deveria ser facilitado através de horários flexíveis no trabalho e na escola". Isabel Ribeiro (presidente do SAD)
Saber dar
"Tudo o que não se dá, perde-se." A frase pertence a Madre Teresa de Calcutá e há quem acrescente que poucas coisas na vida darão mais energia positiva do que dar: "dar-se, ou seja, dar-mo-nos", garante Isabel Jonet, responsável pelo Banco Alimentar. A economista, que fala por experiência própria, diz que a tal energia positiva é um estado de espírito que se alcança dando porque, "ao sairmos de nós próprios e indo ao encontro dos outros, dando aquilo que eles querem e precisam de receber - e não aquilo que nós estamos dispostos a dar -, ficamos melhor e fazemos outros acreditarem que é possível." Dar permite, então, "descentrarmo-nos de nós mesmos, podendo voltar a atribuir valor absoluto a coisas que haviam passado apenas a ter um valor relativo". É possível e essencial dar, no nosso dia-a-dia e mais do que coisas é recompensador dar tempo, companhia, sorrisos, bom viver. "Dar gera energia positiva para a sociedade como um todo." Isabel Jonet (presidente do Banco Alimentar)
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Créditos: Texto publicado na edição Revista Única/Expresso 7 Novembro 2009)
Juntámos um improvável grupo de conselheiros para nos ajudar (e a si também) a potenciar a energia positiva. Deixamos-lhe uma dezena de ideias
Rir aumenta a nossa energia física e a nossa energia emocional, que ninguém duvide disto! "O homem é o único animal que ri, temos uma ferramenta poderosa que nos ajuda a viver bem, a trabalhar melhor, a sermos mais criativos e flexíveis. O riso mata o medo, propicia a generosidade e quando rimos temos mais entusiasmo de seguir nossos caminhos", garante o actor/formador Raul de Orofino, que há 30 anos vem trabalhando, em bem humoradas acções de formação, a consciência do riso. "Casamentos onde os parceiros riem juntos, durarão muito mais do que outros em que as pessoas não riem", sublinha. O humorista conta ainda que muitos hospitais no mundo aplicam terapias de humor para pacientes com cancro e com sida e a sobrevida deles aumenta." É por isso que rir é "muito mais sério do que todos pensamos." E ter bom humor não significa ter de contar uma piada todos os dias. "Começa pelo facto de se valorizar o facto de estar vivo hoje." As crianças, segundo a medicina, riem de 300 a 400 vezes por dia, os adultos de 15 a 30 vezes, no máximo. Temos muito que trabalhar! Raul de Orofino (humorista/formador)
Fé e a alegria de viver
"A fé é a energia mais positiva que me revelou o sentido do meu viver". Numa frase, curta em dimensão, longa em alcance, o padre Borga diz como a fé é a fonte da maior energia: a do Amor. Esta energia é a alegria de viver, "não só quando a vida nos corre ao jeito mas quando caminhamos ao jeito próprio da vida - mesmo que, muitas vezes, não entendamos tudo de forma fácil." "Não haverá energia mais positiva do que aquela que brota de nos sabermos amados para aprendermos a amar. Só que esta energia só se recebe na justa medida em que se oferece a quem dela mais precisa." José Borga garante que, pode até parecer, mas, "ter fé" não é difícil: "Começa por uma pequena dose. Mas se a alimentamos ela cresce e fortalece-se, deixando de ser um entusiasmo superficial, uma memória longínqua (infantil), ou um apelo vago e difuso." Aumentamos a nossa fé, desde logo, "identificando e assumindo muitos dos nossos limites, pessoais e comunitários, para, por eles e com eles, aprendermos a caminhar mais e melhor!" Padre José Borga
Ioga, a bem aventurança
Quem pensa praticar ioga (uma filosofia, não uma terapia) não espere que lhe seja apresentada uma lista de benefícios à cabeça. No entanto, "eles ocorrem, consequências da vivência dessa prática", explica Sónia Monteiro, profissional desta área e que leva nove anos de ioga. Através, sobretudo, da meditação, "conseguimos um estado expandido de consciência, um autoconhecimento, associado a um bem-estar, alegria sincera, energia positiva." Pois... a questão é que fomos treinados a pensar e parece improvável parar de pensar. Basta disciplina e constância para que a técnica funcione: temos que saturar o pensamento com um mesmo estímulo (uma imagem, um som) até que a mente pare. Ela dispersará várias vezes. O trabalho é retomar o estímulo as vezes que for necessário. Chegará um momento em que já se meditará. É que a mente dá significado a tudo o que os sentidos percepcionam. Quando olhamos uma flor, a memória categoriza tudo: cor, formato, cheiro, etc. Mas se a mente pára, a percepção do objecto no qual se concentra não é baseada na experiência sensorial mas noutro tipo de percepção mais abrangente sem limites de tempo, espaço ou memória. Essa existência pode ser percebida por um outro órgão perceptivo que nos humanos está pouco desenvolvido e que, uma vez em funcionamento, permite perceber a "existência" daquilo que nos cerca e de nós mesmos sem a influência dos sentidos, lógica e razão. Isso é meditar. "O estado da bem-aventurança." Sónia Monteiro (profissional de Ioga, Método DeRose)
A força das cores
Roupa vermelha estimula a vitalidade - "infuencia o sistema circulatório e transmite energia" -, enquanto o amarelo influencia o sistema nervoso e favorece a boa disposição - "ajuda a ultrapassar problemas de fadiga e stresse". Já o verde "ajuda a encontrar equilíbrio emocional, fomentando a sociabilidade." Estas são algumas convicções da cromoterapia, terapêutica que usa as propriedades das cores para alcançar o equilíbrio energético da mente e das emoções. Esta terapia tem como base as sete cores do arco-íris, sendo que cada cor tem características específicas e funções distintas a exercer no corpo humano. Também os cristais têm poder sobre a nossa vida, porque possuem "uma energia vibracional tão forte que, ao serem colocados num determinado ambiente, transmitem um raio que é absorvido pelo organismo, desbloqueiam os chakras (os sete centros de energia existentes no corpo humano) e harmonizam as energias", garante a especialista. Cada cristal tem uma função de acordo com o seu tamanho e cor. O ónix, por exemplo, é um poderoso escudo protector que afasta as energias negativas e promove a paz interior. Convém trazer sempre um connosco, até porque no emprego também fará falta: os locais de trabalho apresentam uma maior concentração de energia negativa, já que lá se encontram personalidades diversas. Com as tensões e o stresse presentes há um desequilíbrio de energias criador de conflitos. Os cristais contribuem para equilibrar o ambiente e manter a energia positiva "num padrão vibracional elevado." Maria Helena (especialista em temas esotéricos)
Organizar a casa segundo feng shui
Está a ver aquele cabide atrás da porta impedindo-a de abrir totalmente? Tire-o já dali! As portas de uma casa têm de abrir livremente, defende o Feng Shui - filosofia oriental milenar segundo a qual a forma como decoramos o lar pode (ou não) ajudar a atrair energia positiva. Maria Helena, especialista em temas esotéricos, lembra que "há pessoas que se sentem desmotivadas e isto pode acontecer porque alguma coisa está a impedir a energia de circular em casa, o que provoca bloqueios energéticos". No Feng Shui existe o Chi, a energia positiva e o Shar a energia negativa e, para ambientes saudáveis, é necessário que haja equilíbrio e que o Chi circule livremente. Limpar os cantos da casa, deitar fora o que estiver partido, não acumulando mais do que é necessário, usar um candeeiro para iluminar um canto escuro aumenta a energia positiva. Mas ter televisão no quarto é proibido, a menos que lhe coloque um pano por cima antes de dormir. Assim, "não terá efeitos tão negativos". Maria Helena (socióloga e especialista em temas esotéricos)
Música na alma
"Música, eu nasci prà música, para te ver sorrir e a sonhar, e se escutares com atenção tens o bater do teu coração, na minha música..." É da música que vem boa parte da nossa energia positiva. O poder da música é "o de alienar as pessoas, sugerir-lhes o sonho". Quando escreve, toca ou canta, José Cid sabe que estes sons melodiosos "vão directamente dos nossos ouvidos para dentro da nossa alma", essa entidade abstracta, grande criadora de energia. Uma melodia ajuda a "recarregar baterias, a esquecer e a apagar as chatices do trabalho, as péssimas notícias do jornal e, desse ponto de vista, cria a energia positiva que nos ajuda a enfrentar o que há de menos bom, areja a cabeça e as ideias". Pop, rock, de fusão, clássica, ao estilo de quem a ouve, trauteia, toca ou dança, funciona como "um fantástico escape ao dia-a-dia", sendo, por isso, "louvável e recomendável", consumi-la em todos os lugares, a qualquer hora, diariamente. José Cid (músico)
Nos caminhos do Oriente
Atingir o bem-estar de corpo e alma são o fim comum de terapias orientais como o Reiki, o Shiatsu, a Tui Na, procuradas de forma crescente porque num curto espaço de tempo (60 minutos) oferecem sensações de leveza, tranquilidade, paz interior e de boa energia. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, para além dos órgãos e todos os sistemas, o corpo é percorrido por canais chamados meridianos, onde circula a energia (Qi). Estas terapias visam ultrapassar as perturbações na circulação do Qi, baseando-se, sobretudo, na pressão do toque nos pontos energéticos (os sete chakras). Com mais de 3000 mil anos, a massagem Tui Na é "um poderoso método para restabelecer o equilíbrio, manter longe a doença e assim podermos estar bem connosco e com os outros", garante o terapeuta Telmo Esteves. O Reiki, ou Energia Universal, repõe as energias onde faltam (nos chakras), retira as energias negativas, o stresse, o cansaço físico e emocional, sublinha Flávia Corrêa. Já o Shiatsu, "ajuda a regular as funções do sistema nervoso, dando uma sensação de espírito renovado, retirando o stresse e a baixa auto-estima". Flávia Corrêa garante que, no final de uma destas sessões, "as pessoas estão mais leves, tranquilas e sem a sensação de 'peso' nas costas." Flávia Corrêa (Intuition Chiado) e Telmo Esteves (Clínica Meihua)
Agradecer as bençãos de cada dia
Talvez a falta de prática nos impossibilite saber como a gratidão proporciona um enorme incremento de bem-estar. Ser-se grato é um conceito recentemente estudado pela Psicologia Positiva, corrente da Psicologia que se interessa não apenas pelos aspectos negativos do funcionamento humano, mas também pela forma de potenciar os positivos. Gabriela de Abreu, fundadora da Associação Portuguesa de Estudos e Intervenção em Psicologia Positiva, aconselha vivamente o exercício das três bênçãos diárias. No fim de cada dia, registarmos três coisas pelas quais estamos gratos. Não precisam de ser grandes acontecimentos ou conquistas, podem ser as mais pequenas coisas: o olhar a linha do horizonte à beira-mar e respirar fundo, o sorriso dos filhos, um almoço agradável com um amigo. Robert Emmons, especialista norte-americano na área, chama a isto "querer-se aquilo que se tem". Num mundo dominado pelo querer sempre mais, é incrível que se possa aumentar os níveis de bem-estar (e da tal energia positiva) com o simples reconhecimento do que já se tem. "Quando peço este exercício nas conferências que dou pelo país, muitas pessoas parecem verdadeiramente destreinadas, mas é fascinante ver a transformação que se opera passados alguns minutos: muitas, em vez de agradecerem três coisas, agradecem oito, dez! E quando se comprometem a fazer o exercício em casa, diariamente, mais tarde vêm revelar que isso as ajudou a ver a quantidade de bênçãos que o seu dia-a-dia contém, não obstante o muito que ainda possam querer conquistar." Gabriela de Abreu (fundadora da Associação Portuguesa de Estudos e Intervenção em Psicologia Positiva)
Mexa-se pela sua felicidade
O desporto em sentido lato, e o de competição em particular, cria paixão, disciplina, coragem e resiliência. É por isso que a energia positiva que o desporto gera - para além dos evidentes benefícios para a saúde - têm também uma influência extradesporto: "A maioria dos atletas formados no Algés têm tido carreiras profissionais assinaláveis nas mais variadas áreas", conta Isabel Ribeiro, presidente do Sport Algés e Dafundo (fundado em 1915). Exemplifica: na equipa sénior feminina de basquetebol (uma das melhores do país) há uma professora, uma advogada e uma médica. Daí que a primeira mulher presidente do SAD, jurista de formação e há anos praticante de natação, lembre que encontrar tempo para praticar desporto é "absolutamente vital e deveria ser facilitado através de horários flexíveis no trabalho e na escola". Isabel Ribeiro (presidente do SAD)
Saber dar
"Tudo o que não se dá, perde-se." A frase pertence a Madre Teresa de Calcutá e há quem acrescente que poucas coisas na vida darão mais energia positiva do que dar: "dar-se, ou seja, dar-mo-nos", garante Isabel Jonet, responsável pelo Banco Alimentar. A economista, que fala por experiência própria, diz que a tal energia positiva é um estado de espírito que se alcança dando porque, "ao sairmos de nós próprios e indo ao encontro dos outros, dando aquilo que eles querem e precisam de receber - e não aquilo que nós estamos dispostos a dar -, ficamos melhor e fazemos outros acreditarem que é possível." Dar permite, então, "descentrarmo-nos de nós mesmos, podendo voltar a atribuir valor absoluto a coisas que haviam passado apenas a ter um valor relativo". É possível e essencial dar, no nosso dia-a-dia e mais do que coisas é recompensador dar tempo, companhia, sorrisos, bom viver. "Dar gera energia positiva para a sociedade como um todo." Isabel Jonet (presidente do Banco Alimentar)
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Créditos: Texto publicado na edição Revista Única/Expresso 7 Novembro 2009)
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