Astronautas fracos como idosos de 80 anos após seis meses em órbita
Estudo da Universidade de Marquette nos EUA levanta sérias preocupações em termos de saúde.
Os astronautas podem ficar tão fracos como pessoas de 80 anos depois de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), concluiu um estudo que levanta sérias preocupações em termos de saúde.
Robert Fitts, da Universidade de Marquette, que coordenou o estudo, afirma que o envelhecimento acelerado no espaço é temporário, uma vez que os músculos dos astronautas recuperam depois de alguns meses na Terra.
Mas e se a tripulação precisar de fazer uma aterragem de emergência no planeta Terra e fugir de uma nave espacial em chamas? E se, depois de aterrar em Marte, for precisa uma expedição urgente para reparar alguma coisa? Estariam os marcianos capazes de unir forças para o trabalho rotineiro no espaço?
"Eu estaria preocupado", alertou Fitts, numa entrevista à agência AP, acrescentando que os astronautas podem evitar ficar fracos, mas com mais investigação e com o equipamento certo para instalar um ginásio espacial.
Declínio da massa muscular
Fitts baseia a sua análise em biopsias aos músculos das pernas que a sua equipa realizou a nove norte-americanos e russos que estiveram a morar na ISS entre 2002 e 2005.
Cada astronauta esteve seis meses em órbita e foi submetido à biopsia antes de sair da nave espacial, assim que ela aterrou na Terra.
Os investigadores descobriram que os astronautas perderam mais de 40 por cento da força na contração das fibras dos músculos das pernas, que são os que determinam o equilíbrio e a postura.
Robert Fitts adiantou que este declínio da massa muscular na estação espacial equivale ao de uma pessoa com o dobro da idade dos astronautas sujeitos a biopsia.
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Créditos: Expresso online
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