segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Super..super Fuselo!!

Ave migradora bate recorde de distância percorrida em voo sem paragens

O fuselo viaja durante oito dias consecutivos nos seus movimentos migratórios entre a Nova Zelândia e o Alasca percorrendo mais de 11 000Km, duplicando a anterior melhor marca realizada por uma ave migradora – uma investigação explica como o consegue fazer.


O fuselo, Limosa lapponica, é o recordista de tempo e distância percorridos em voo sem paragens. Com efeito, esta ave migradora é capaz de voar 8 dias consecutivos sem pousar para descansar ou alimentar-se durante as suas viagens de migração entre o Alasca e a Nova Zelândia, quando percorre mais de 11 000Km, duplicando a segunda melhor marca.

Anders Hedenström, da Universidade de Lund, na Suécia, investigou o que está por detrás do feito desta limícola, tendo encontrado várias explicações: por um lado esta ave consome muito pouca energia – 0,41% do seu peso durante 1 hora de voo, um valor extremamente baixo comparativamente com outras aves migradoras.

Por outro lado, a sua relação peso-tamanho, o seu corpo muito aerodinâmico e a elevada velocidade de voo que lhe permite percorrer grandes distâncias num curto espaço de tempo também contribuem para o sucesso desta recordista, não sendo de descartar que haja outros factores relevantes como um invulgarmente bom sentido de orientação, algo a averiguar em estudos futuros.
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O fuselo ou chalreta é uma ave limícola da família Scolopacidae, que se reproduz na tundra e costas do Ártico sobretudo no Velho Mundo e que passa os invernos nas costas das regiões temperadas e tropicais do Velho Mundo.
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Onde observar

Esta limícola encontra-se sobretudo nas grandes zonas húmidas do país, sendo mais comum
na metade sul do território. É muito rara no interior do país.

Entre Douro e Minho – pouco frequente nesta região, pode, ainda assim, ser observada
nos estuários do Lima e do Cávado, embora em baixos números.

Litoral Centro – a ria de Aveiro e o estuário do Mondego são os melhores locais de
observação. Na lagoa de Óbidos podem ser observados alguns bandos, sobretudo na
passagem migratória.

Lisboa e Vale do Tejo – pode atingir concentrações grandes no estuário do Tejo, que é
dos melhores locais para a observação da espécie, sendo de referir nomeadamente: as
lezírias da Ponta da Erva (incluindo os arrozais da Giganta), as margens lodosas perto de
Pancas e o sapal de Corroios. O fuselo também é regularmente observado no Parque do
Tejo.

Alentejo – trata-se de um invernante comum no estuário do Sado, pelo que esta zona
proporciona boas oportunidades de observação desta limícola, assim como a lagoa de
Santo André, onde está presente durante a passagem migratória.

Algarve – sem dúvida que a ria Formosa é o melhor local de observação do fuselo, que
pode ser observado com facilidade nas zonas lodosas e de sapal como nas
proximidades de Quatro Olhos, de Cacela-a-Velha e nas salinas do aeroporto de Faro.
Ainda como locais interessantes para a observação da espécie encontram-se a reserva
de Castro Marim e a ria de Alvor; na costa ocidental podem também ser visto na
Carrapateira e na Ribeira de Aljezur, durante a passagem migratória.
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Créditos: Sapo/Fonte: http://www.sciencedaily.com/ / http://www.avesdeportugal.info/limlap.html / Wikipédia

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