quarta-feira, 3 de março de 2010

Terramoto e Tsunami no Chile

Chile conta 795 mortos, enquanto se destapa a destruição das ondas

Tsunami terá feito mais vítimas do que o abalo de magnitude de 8.8

O número de mortos do sismo de sábado no Chile subiu para 795. A última a actualização foi divulgada pela presidente do país, Michelle Bachelet, em Curicó, umas das cidades afectadas. À medida que o tempo passa, descobre-se que as ondas mataram mais do que os prédios que ruíram sobre a força do terramoto de maior magnitude do século.

«Neste momento estamos a aproximar-nos dos 800 falecidos», disse a chefe de estado, especificando depois que a região mais afectada é a de Maule, com 586 vítimas. Bachelet avisou ainda que se espera que o número de mortos continue a subir, à medida que os trabalhos de resgate e as comunicações vão sendo restabelecidas.

O último balanço do sismo de magnitude 8.8 na escala de Richter, a que se seguiu um tsunami que varreu parte da costa chilena, apontava para 763 mortos.

Um barco a quatro quilómetros do mar

O correspondente no Chile do jornal espanhol «El País» noticia que mais de metade das vítimas não morreram por causa do abalo, mas pelo efeito das ondas gigantes, que chegaram sem aviso a muitas localidades costeiras ao longo de centenas de quilómetros.

O repórter relata que junto à foz do rio Maule, na cidade de Constitución, o cenário é de guerra, depois duas ondas com cerca de oito metros de altura terem varrido a zona. Uma vinda de norte outra de sul. Depois chocaram numa explosão líquida mortal. Segundo testemunhas, vieram ainda outras duas ondas não menos letais, uma delas com 15 metros. A parede de água engoliu, impassível, edifícios, carros (alguns deles em fuga), árvores e pessoas.

À frente de Constitución existe uma pequena ilha, Orrego. Segundos os relatos recolhidos pelo «El País», as ondas cobriram-na à sua passagem. No local estavam acampadas 500 pessoas. Não se sabe do paradeiro de 150.

«Vi pessoas a flutuar, agarrados a troncos que o mar tinha levado de uma fábrica de celulose», disse ao jornal a habitante local Marlén Rodríguez, explicando que há bairros inteiros que deixaram de existir em Constitución.

Para se ter uma ideia da força do mar, um barco repousa entre os destroços, a quatro quilómetros da costa. Na costa, há casas que foram arrastadas 200, 300, 400 metros terra adentro.

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Se nos centros urbanos maiores já é possível contabilizar mortos, nas pequenas localidades, cuja avaliação dos estragos ainda só foi feita pelo ar, a incógnita sugere que o desastre seja ainda mais negro do que os traços que apresenta agora.
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Créditos: IOL

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