sexta-feira, 31 de julho de 2009

Saint-Exupéry....

A 31 de Julho de 1944...
Morre Saint-Exupéry, o aviador que criou “O Principezinho”

Nascido em 1900, na cidade francesa de Lyon, Antoine
de Saint-Exupéry cedo se apaixonou pela aviação,
tendo conseguido o seu “brevet” aos 22 anos, no Serviço
Militar Obrigatório.
Tornar-se-ia um dos pioneiros da aviação postal francesa,
aceitando empregos que o levaram a conhecer
o deserto do Sahara e a América do Sul. O seu primeiro
romance, “Correio do Sul”, refl ecte este período
da sua vida, tal como “Voo Nocturno”, que o lançou
verdadeiramente e venceu o prémio Femina.
Em 1935, Saint-Exupéry sofreu um acidente sobre o
deserto na Líbia. Juntamente com o seu co-piloto,
sobreviveu graças ao facto de terem sido encontrados
por um beduíno, após quatro dias a vaguear sem
água nem comida.
Este incidente serviria como ponto de partida para
aquele que se tornou o seu grande sucesso. “O Principezinho”,
editado em 1943, um ano antes da morte
de Exupéry, começa precisamente com a queda de
um avião no deserto, onde o piloto conhece o habitante
do asteróide B612. A conversa que os dois
têm tem sido sujeita a várias leituras, desde a crítica
social à espiritualidade, com a mensagem de que
o essencial é invisível aos olhos e apenas pode ser
apreendido pelo coração.
Alexandre Honrado, autor português com uma vasta
obra de literatura para a infância, destaca a importância
de um episódio em particular: “Lembro-me de
um diálogo com uma raposa, sobre o estabelecimento
de laços e a importância de se cativar
pessoas. Esse fascínio marcou-me
muito. Numa sociedade que se desumaniza
cada vez mais, Saint-Exupéry
consegue contrariar isso, apesar de ter
sido um homem muito terra-a-terra”.
Traduzido em mais de 180 línguas e
com mais de 80 milhões de exemplares
vendidos, “O Principezinho” é um
dos maiores best-sellers de sempre,
tendo marcado várias gerações.
A sua última aventura aérea, vivida no
contexto da Segunda Guerra Mundial,
deu-se a 31 de Julho de
1944. Não se sabe ao certo
a razão da queda, nem se
sabe se o cadáver retirado
das águas a 80 quilómetros
do local da queda é realmente
o seu.

Créditos: ONTEM E HOJE» Filipe d’Avillez

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