domingo, 5 de julho de 2009

Olhar Turvo

Os olhos jazem atordoados
apelo à luz que traga alívio
quero esqueçer que é madrugada
quero morrer sem ambição..
A mão aberta sob o meu queixo
afaga a mente de tanta insónia
velas queimadas clamando sorte
são um desejo, são uma fonte..
Distância longa a percorrer
distancia triste, que nos engole
tudo se esbate, tudo se imola
sei-te de cor, que sina a minha!!!
Rolam os corpos em convulsão
encontram nada, triste agonia
sobra a raiva, indesejada
faltam palavras, compreensão...
Fecha-se a porta e o tempo avança
avança a bala, flecha de requiem
solta-se a vida que será pó
escreve-se a voz.... na pedra fria.

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