terça-feira, 20 de outubro de 2009

Aquaplaning - Um perigo à solta

Estradas - Engenheiros não sabem construir para evitar aquaplaning

Um estudo do Observatório das Estradas concluiu que muitas auto-estradas e vias rápidas nacionais violam as condições de segurança contra hidroplanagem – ou aquaplaning - por defeitos de pavimento, responsabilizando o ensino da engenharia.
Num trabalho publicado na revista técnica da secção Norte da Associação Nacional de Engenheiros Técnicos, o Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC), uma organização não-governamental formada por engenheiros, advogados e juízes, realça que no ensino da engenharia os alunos “não aprendem a calcular a velocidade crítica de hidroplanagem”,
a partir da qual ocorre o aquaplaning.

“Os futuros engenheiros não estão a aprender nas escolas a calcular este dado essencial para garantir que a estrada cumpre todos os critérios de segurança. É fácil culpar só os condutores, mas está provado que estes tendem a reduzir a velocidade com o mau tempo, a má visibilidade ou até apenas com as condições do traçado das estradas”, disse à agência Lusa Francisco Salpico, responsável pelo estudo.
Esta não é a única acusação de Salpico, que acusa os engenheiros de não abordarem os defeitos nas auto-estradas nos casos de acidentes para não incomodarem as concessionárias ou o poder político.

Como os especialistas nesta matéria “são engenheiros civis que trabalham para estes organismos”, se denunciassem esses organismos pelas más práticas “significava graves riscos para as suas carreiras profissionais”, acrescenta.

Questionado pela agência Lusa, o LNEC respondeu apenas que os estudos que desenvolve quanto a esta matéria “são realizados no âmbito de contratos celebrados com as entidades que têm competências específicas nestas áreas, com destaque para a EP, EPE e para o INIR [Instituto de Infraestuturas Rodoviárias]”, remetendo por isso para estas entidades qualquer resposta.

Contactada pela Lusa, a Estradas de Portugal (EP) recusou fazer qualquer comentário. Há cerca de um ano, um outro trabalho do OSEC indicava que sete auto-estradas e vias rápidas nacionais (CRIL, A5, A8, A2, A12, IP7 e IC32) não tinham sido construídas de forma a evitar a formação de lençóis de água."

ASSUSTA, NÃO ASSUSTA???!!!!
Vamos redobrar os cuidados na estrada, pois parece que o excesso de velocidade não é sempre a causa dos acidentes.
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Créditos: Página 1 online

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