quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tabaco... ainda pior que mau!


Tabaco contrafeito proveniente da Ásia, sobretudo da China, está a invadir o mercado sem controlo sanitário.

Em Sines foram apreendidos mais de sete milhões de cigarros daquela zona
A autoridade alfandegária anunciou ontem a apreensão de 7,52 milhões de cigarros em Sines. O tabaco contrafeito (cópias adulteradas de produtos legítimos) era proveniente de Chiwan, na China. As autoridades estão preocupadas. A maior parte dos cigarros apreendidos este ano é proveniente daquela região e está a invadir o mercado sem controlo de qualidade, temendo-se que contenha químicos altamente lesivos para o organismo. A Tabaqueira já criou códigos especiais de segurança.
"O tabaco apreendido ficaria sujeito ao pagamento de impostos, num montante global de 1,125.493 euros - incluindo direitos aduaneiros, IVA e impostos especiais sobre o consumo - caso tivesse sido introduzido no consumo no mercado nacional, e tinha um volume global de venda ao público de cerca de 1,316 milhões de euros", explicou em comunicado Direcção-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC).
Os cigarros contrafeitos causam um enorme prejuízo para o Estado, mas, pior do que isso, é a sua entrada no mercado sem qualquer controlo sanitário, sem que se saiba quem o fabrica e os produtos químicos que possa conter.

"Há o risco de conter substâncias que provoquem danos irreversíveis no organismo", disse ao DN Carlos Duarte, da Associação Nacional dos Grossistas de Tabaco, frisando que a preocupação se prende, sobretudo, com os produtos provenientes da Ásia.

Segundo contou, ainda recentemente, o Algarve foi invadido de maços de tabaco que provocavam "um estranha irritação na garganta".
Recorde-se que a 31 de Agosto a DGAIEC aprendeu oito milhões de cigarros na Alfândega de Lisboa, oriundos daquela região do globo. Daqui também era proveniente o tabaco apreendido pela GNR em Abril, avaliado em cerca de 9,5 milhões de euros. Nessa operação foram detidos oito empresários suspeitos de integrarem uma organização internacional de contrabando e comercialização ilegal. Segundo a GNR, os contrabandistas introduziam tabaco com estampilha contrafeita em máquinas de venda automática ou vendiam tabaco sem estampilha fiscal através de um circuito de distribuição envolvendo fábricas.
Carlos Duarte lembra que Portugal era, antes, um corredor de entrada de tabaco contrafeito no mercado europeu. "Agora não", garante. Os portugueses começara a consumir, desenfreadamente, cigarros ilegais.

"Uns sabem o que estão a comprar, outros não, sobretudo quando os adquirem em máquinas de venda automática em que o selo não é visível."
Neste sentido, a DGAIEC, em conjunto com GNR e a Tabaqueira, iniciaram uma campanha para sensibilizar os comerciantes a que se oponham à entrada de tabaco contrafeito no mercado.

A Tabaqueira, para o efeito, criou códigos especiais nos maços Marlboro que permitem ao consumir certificar a legitimidade.

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Céditos: DN online

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