domingo, 7 de junho de 2009

Torrente de vazios


Grossos pingos estalam na calçada
Fragmento de mil poeiras
Deixam na face que piso
O rasto luz que nela espelha
Lá fora, a chuva cai...
Lá fora, a noite trai...
Este silêncio tão forte, tão cúmplice,
tão só, tão solidão...
Escorre guiada nas trevas
Riscando onda p’lo chão
Lá fora, a chuva cai...
Lá fora, a noite trai...
As formas são sempre iguais, tão iguais
Repetidas no olhar, orfão da Lua,
Chora-te o rosto, leva saudade
Um rio incerto... uma ansiedade
Lá fora, a chuva caíu...
Lá fora, a noite sumiu...
Créditos: Foto Net

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