terça-feira, 30 de junho de 2009

Saudades cansadas...

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Todo o meu sonho é dor
deslumbrado que foi na ilusão
como um restolho sofrido pela ceifeira
a quem a sorte no verde seco não poupou...

Como ser forte tanto mal faz
onde imperativo é resistir
onde a palavra basta, não tem sentido
e as forças são pura ficção...

Já não me sinto régua nem esquadro
nem vento norte ou verde anil
já sou a portagem no auto-estrada,
simples palito numa parada
sou grão de areia no mar Aral,
risco pisado num salto nulo,
balão sem ar no fim de festa...

A mão que estende mas não alcança
a voz que soa mas não se ouve
são a estrutura, não resistente
são a saudade já indiferente....
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